Após 16 anos longe da programação da Rede Globo, o clássico programa de jornalismo investigativo Linha Direta voltará ao ar no dia 4 de maio deste ano. Desta vez, o programa estará sob o comando do apresentador Pedro Bial.
O programa, que fez um sucesso tremendo na emissora quando apresentado por Domingos Meirelles e Marcelo Rezende (1951 – 2017), retornará à programação nas noites de quinta-feira após o programa Cine Holliúdy, na faixa das 23h.
Em entrevista no programa Caldeirão do Mion, em fevereiro, ao ser questionado sobre a sensação de assumir o projeto, que faz parte da história da televisão. O apresentador não hesitou em responder sobre o esforço por trás do projeto.
“Estamos a mil. São várias frentes, tem uma frente de reportagem investigativa, de recuperação histórica, estamos em campo levantando histórias emocionantes, importantes e pertinentes”, contou Bial.
O jornalista e apresentador também revelou que apesar da ideia se manter fiel, haverá uma renovação do formato.
“É um programa que todo mundo lembra com muito carinho, mas muita coisa mudou em 15 anos na linguagem da televisão. A gente quer dar essa renovada. Você é artista, então sabe que em arte não existe inovação, só existe renovação. Estamos renovando esse formato, muitos felizes porque tem o carinho popular na memória e tem o desejo por justiça”, concluiu.
Mais sobre o Linha Direta
O programa Linha Direta fez sua estreia na TV Globo no dia 27 de maio de 1999. Cada programa, exibido nas noites de quinta, mostra todos os desdobramentos de um crime real que tenha tido grande repercussão na mídia, além do processo de investigação e até dramatização de reconstituição com base nos depoimentos.
Em 2003, a TV Globo chegou a ganhar a medalha Tiradentes da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) por “reconhecimento aos méritos do programa”. Apesar disso, o programa nunca esteve isento de críticas, acusado de explorar a miséria humana em busca de audiência.
Mesmo assim, o programa foi um grande sucesso na emissora, marcando gerações com sua assustadora abertura e seus casos chocantes, que contribuiu para a prisão de quase 400 foragidos e chegou a ser considerado um programa de utilidade pública.