Uma das maiores tragédias da história do Brasil aconteceu na Paraíba. A Barbárie de Queimadas aconteceu em 2012, quando dois irmãos planejaram e executaram um estupro coletivo no município, com a participação de outros quatro homens.
Na ocasião, Luciano e Eduardo dos Santos Pereira organizaram uma “festa” em comemoração ao aniversário de um deles. Foram convidadas sete mulheres e oito homens. O que aconteceu, porém, foi um dos crimes mais hediondos do país.
A reunião foi planejada com o intuito de violentar as convidadas, sendo poupadas apenas as esposas de dois participantes. Na noite da “festa”, a energia foi cortada em meio à reunião e os homens encenaram um assalto.
Dessa forma, as mulheres foram rendidas, amarradas e estupradas. Uma delas reconheceu um dos estupradores e foi levada com sua amiga para um carro, onde ambas foram alvejadas com tiros. Ao final da noite, Eduardo foi á delegacia relatar o crime e levantou suspeitas da polícia.
Linha Direta Barbárie de Queimadas: como estão os criminosos?
O caso da Barbárie de Queimadas ganhou grande projeção. Um documentário, A década em que nada mudou, comandado pela jornalista Carol Diógenes, foi feito e será exibido no próximo capítulo de Linha Direta, programa de Pedro Bial.
Eduardo dos Santos Pereira foi julgado em setembro de 2014 e condenado a 108 anos de prisão pelos crimes de dois homicídios, cinco estupros, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores, porte ilegal de arma e lesão corporal. O criminoso recebeu auxílio de um guarda no PB1, presídio de segurança máxima em João Pessoa, e escapou do cárcere em 2020.
Os três adolescentes envolvidos cumpriram suas medidas e estão em liberdade parcial ou total. Já Jacó Sousa, libertado em condicional em 2020, foi assassinado ao retornar a Queimadas. O único participante que segue em regime fechado é Luciano dos Santos Pereira, o aniversariante condenado a 44 anos de prisão.
