O novo documentário da Netflix, “Lançando Segundas Chances“, conta a história real de Mike e Bill Veeck, duas figuras que revolucionaram o beisebol como passatempo nos Estados Unidos. O filme é dirigido por Jeff Malmberg (“Mickey: A História de um Camundongo”) e pelo vencedor do Oscar, Morgan Neville (“A Um Passo do Estrelato”).
Bill Veeck foi dono de diferentes times de beisebol, como o White Sox e os Cleveland Guardians, e ficou conhecido por sua personalidade excêntrica por explorar ações diferentes de marketing nas partidas, como explodir placares e distribuir brindes.
O filho de Bill, Mike Veeck, em busca de impressionar o pai e manter o legado da família, acabou sendo responsável por um dos maiores desastres da história do beisebol: a Noite da Demolição da Disco em 1979, em Chicago.
A Noite da Demolição da Disco
Na época, Bill era o dono do White Sox, e Mike era o diretor de promoções do time. Em busca de “esquentar” a venda de ingressos, Mike e o DJ Steve Dahl tiveram a ideia da noite da demolição porque Dahl estava muito incomodado com o sucesso da música disco.
Eles cobraram US$ 0,99 pela entrada e propuseram que os fãs levassem um disco de música disco para explodir entre os jogos. O evento teve uma adesão chocante e acabou gerando um caos quando uma multidão invadiu o campo, impossibilitando a partida de continuar.
O momento acabou ajudando no declínio da música disco e hoje em dia é visto como um exemplo de como o racismo e a homofobia se manifestaram na rejeição a um gênero musical que representava pessoas negras, latinas e a comunidade LGBTQIAP+.
Mas a noite foi uma faca de dois gumes, atrapalhando não apenas a música disco, mas a carreira de Mike, que não voltou a trabalhar em grandes clubes de beisebol. Atualmente, aos 72 anos, ele lidera uma empresa de consultoria para engajamento de funcionários e continua envolvido no esporte, como coproprietário de times de ligas menores.
Bill Veeck, o pai de Mike, vendeu o White Sox em 1980, no ano seguinte da Noite da Demolição da Disco. Ele faleceu em 1986, aos 71 anos, por causa de um cancro no pulmão.
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