Jadotville: bravura irlandesa, guerra fria e corrupção na ONU

Além de ser o maior serviço de streaming de filmes, a Netflix tem apostado em produção independentes e acertando em cheio, principalmente em séries. No caso de “The Siege of Jadotville”, os trabalhos técnicos surpreendem e a história é um prato cheio para fãs de conflitos modernos famosos. Em plena Guerra Fria e no período de implantação da ONU (União das Nações Unidas), soldados irlandeses enfrentam uma de suas maiores batalhas.

A história se passa em 1961, quando 150 soldados irlandeses embarcam para o Congo em missão de paz. Comandados por Patrick Quinlan (Jamie Dornan), que ainda não havia participado de confrontos reais, logo eles percebem que estão sozinhos e que terão de enfrentar mais de 3000 mercenários para defender sua posição.

Jadotville

O contexto é padrão deste período. Após eleito, o ministro da República do Congo tentou estatizar as mineradoras da região de Katanga. Enfrentando interesses nacionais e internacionais, o governante foi assassinado pelo general Tshombe, que exigia a independência da região.

E por que escolher o exército irlandeses para a missão de paz? A ONU, logo em suas primeiras missões, desejava passar a ideia de imparcialidade. Como a Irlanda nunca havia tomado lado em guerras, seria uma boa escolha para afirmar a ideia da missão.

Jadotville

Richie Smyth faz ótimo trabalho como diretor, criando boas cenas durante os conflitos e explorando planos que fazem com que o espectador tenha cada vez mais interesse pela história.

Jamie Dornan assume o papel do comandante Quinlan, não repetindo a atuação superficial de Cinquenta Tons de Cinza e mostrando seu potencial como ator. Vale ressaltar que ele também estará no elenco de Anthropoid, que mostrará a operação que visava matar um dos principais líderes nazista, o general Heydrich.

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