Embora normalmente sejam ligados à situações humorísticas, a banda Tenacious D, liderada pelo ator, músico e comediante Jack Black, recentemente se envolveu em uma grande polêmica que levou ao cancelamento de shows e até mesmo à suspensão provisória das atividades.
Isso aconteceu devido a uma piada contada por Kyle Gass, o parceiro de Black na banda, durante um show realizado em Sydney, na Austrália. Na ocasião, Black sugeriu que Gass fizesse um pedido, ao que o comediante respondeu: “Não erre o Trump na próxima vez”.
A piada faz referência ao atentado sofrido pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no último sábado (13). Durante um comício realizado na Pensilvânia, o candidato à reeleição foi atingido na orelha com um tiro. Além disso, um civil morreu e outros dois ficaram feridos.
“Fui pego de surpresa pelo que foi dito no show de domingo. Eu jamais apoiaria discurso de ódio ou encorajaria a violência de qualquer forma. Depois de muita reflexão, acredito que não é mais apropriado prosseguir com a turnê do Tenacious D, e todos os planos para o futuro da banda estão suspensos. Agradeço a todos os fãs pelo apoio e compreensão”, declarou Black nas redes sociais.
Político australiano exige a deportação de Jack Black e Kyle Gass
Apesar de Jack Black ter se desculpado pelo ocorrido, a situação foi além de repercussão negativa de internautas nas redes sociais. O senador Ralph Babet, líder do United Australia Party, fez uma publicação exigindo a deportação do Tenacious D do país.
Babet reforçou seu pedido em um comunicado à imprensa, alegando que os comentários de Gass não eram uma piada solicitando ao ministro da imigração da Austrália, Andrew Giles, que “revogasse seus vistos”. O senador também declarou que o não acatamento é um endosso ao atentado.
“Qualquer coisa menos que uma deportação é um endosso ao tiroteio e à tentativa de assassinato de Donald J. Trump”, comentou Babet. Não se sabe se decisão de Black sobre o cancelamento dos compromissos do Tenacious D teve ligação com o pedido do político.