Em mais uma votação do Rock and Roll Hall of Fame realizada recentemente, a banda Iron Maiden foi “esnobada” novamente pelos eleitores da instituição. A decisão gerou diversas reações e comentários negativos por parte dos fãs da banda.
Em uma nova entrevista para o site Audacy, o CEO da instituição, Greg Harris, falou sobre as críticas dos fãs e comentou os motivos sobre a não inclusão da clássica banda de heavy metal inglesa este ano. Vale lembrar que esta não é a primeira vez que a banda é nomeada.
“Nós amamos que as pessoas se importe. Sabe, que se importem se seus artistas preferidos estão dentro ou fora. Amamos que seus fãs se importam. Agora, a verdade é que qualquer um que seja indicado, as chances são boras de que eventualmente entrarã. Na verdade, acho que pode chegar a 90% eventualmente”, comentou.
O Iron Maiden terminou em quarto lugar na votação dos fãs para a classe de indução do Hall of Fame deste ano. Por outro lado, uma banda que conquistou seu lugar na instituição foi o Rage Against the Machine. Harris também comentou sobre, utilizando-a de exemplo de persistência.
“O Rage Against the Machine por exemplo, esta foi a quinta ou sexta vez que estiveram na cédula. Então às vezes demora um pouco. Mas vamos ver até onde isso vai. Agora, vamos celebrar os escolhidos deste ano e podemos começar a debater sobre o próximo ano, uma vez que os holofotes se afastem das escolhas deste ano”, concluiu o CEO.
Em seu Instagram, o Rage Against the Machine comemorou a inclusão. Na publicação, a banda reafirmou seus posicionamentos políticos e agradeceu aos fãs, a todos que trabalham e trabalharam ao lado da banda, além de agradecer aos ativistas e revolucionários que os inspiram.
“Jamais vão ter o meu cadáver ali”: Iron Maiden vs. Rock and Roll Hall of Fame
Apesar do apelo dos fãs, que renderam mais de 449 mil votos para o Iron Maiden na última votação para o Rock and Roll Hall of Fame, a própria banda já demonstrou em mais de uma ocasião não se importar com a indução, apesar de estarem elegíveis desde 2004.
Em entrevista à Rolling Stone, por exemplo, o baixista Steve Harris declarou que não se importa com a não introdução no Hall of Fame, uma vez que o objetivo da banda não envolve conquistar premiações ou indicações.
“Não me importo que não estejamos em coisas assim. Eu não penso nessas coisas. É muito bom se as pessoas lhe derem prêmios ou elogios, mas não entramos no negócio para este tipo de coisa”, declarou Harris.
Já o vocalista Bruce Dickinson foi além e criticou a instituição, alegando que o rock n’ roll não precisa fazer parte deste tipo de premiação, comparando-a com um “mausoléu”.
“Eu estou muito feliz por não estarmos lá e nunca gostaria de estar lá. Se alguma vez formos empossados, vou recusar. Eles jamais vão ter o meu cadáver ali. O rock n’ roll não pertence a um mausoléu em Cleveland. É uma coisa viva, que respira, e se você colocá-la em um museu, então está morta. É pior do que horrível, é vulgar”, declarou o vocalista.
