Homem que inspirou famoso filme de Tom Hanks morou por 18 anos em aeroporto
Estrelado por Tom Hanks (“O Resgate do Soldado Ryan”), o filme “O Terminal” (2004) conta a história de um turista europeu que acaba preso no aeroporto JFK, onde começa a viver, depois do país em que ele vive entrar em uma guerra civil. O curioso é que, mesmo parecendo impossível, o longa é levemente inspirado em uma história real.
A história real por trás de “O Terminal”
O iraniano Mehran Karimi Nasseri viveu por 18 anos no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, na França. Nasseri chegou ao aeroporto em 1988 e viveu lá até 2006. Inicialmente, ele ficou preso no local por causa da burocracia envolvendo as leis de imigração.
Nasseri nasceu em uma região do Irã que pertencia à Inglaterra na época, filho de pai iraniano e de mãe britânica. Quando tinha cerca de 29 anos, em 1974, ele saiu do país para estudar na Inglaterra. Porém, segundo os relatos dele, quando ele voltou para o Irã, foi preso por protestos contra o governo e expulso sem um passaporte.
Depois disso, ele pediu asilo político em vários países da Europa, pedido que foi atendido pela Bélgica. Porém, quando ele estava em Paris, foi preso pela polícia local por não ter seu certificado de refugiado. Nasseri afirmou que o documento estava em uma maleta que foi roubada em uma estação de trem.
Sem o seu certificado de refugiado, o iraniano não podia ficar na Europa… mas também não podia ser deportado para lugar algum porque não tinha documentos oficiais. Foi assim que ele terminou no aeroporto Charles de Gaulle.
Os vários anos vivendo no aeroporto obviamente tiveram um duro impacto na saúde mental e física de Nasseri. O médico do aeroporto chegou a descrevê-lo como um ser “fossilizado no local”. Quando ele finalmente conseguiu seus papéis, Nasseri se recusou a assiná-los e continuou vivendo no aeroporto, só saindo de lá em 2006 quando foi hospitalizado. Depois disso, ele passou a viver em um abrigo em Paris.
Mehran Karimi Nasseri faleceu em 2022, aos 77 anos, devido a um ataque cardíaco, no terminal 2F do aeroporto Charles de Gaulle. Nas semanas anteriores à sua morte, Nasseri tinha voltado a morar no local.
Fonte: NPR.
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