Em 2022, o filme “Holy Spider” estreou no Festival de Cinema de Cannes e concorreu à Palma de Ouro, tendo uma ótima recepção com a crítica especializada. Em seguida, a produção foi distribuída nos cinemas mundiais, mesmo recebendo retaliações por parte do governo do Irã. Dirigido por Ali Abbasi, o enredo do filme foi baseado em uma história real, que retrata o serial killer Saeed Hanaei, responsável por ter matado 16 mulheres entre os anos 2000 e 2004, em Mashhad, no Irã.
No filme, acompanhamos a jornalista Arezoo Rahimi (Zar Amir Ebrahimi) que decide deixar Teerã para investigar a série de assassinatos que estavam ocorrendo em Mashhad. Rahimi percebe que os crimes estavam sendo seguidos e em curto espaço de tempo, tendo como alvo as prostitutas e mulheres usuárias de ópio, que circulavam pelas ruas próximas a residência de Saeed Azimi (Mehdi Bajestani).
Conheça a história real de Holy Spider
O filme contou a história chocante sobre Saeed Hanaei, interpretado por Mehdi Bajestani, que foi autor de uma série de assassinatos. Ele era casado e pai de duas crianças, que saía para matar mulheres de maneiras cruéis. Sua tática era conhecer as vítimas, mostrava que tinha dinheiro para o serviço e as convidava para sua própria casa, onde ele praticava os seus crimes.
Como forma de retratar a história de maneira fiel aos acontecimentos, o diretor Ali Abbasi, que também assinou o roteiro, decidiu manter o enredo o mais próximo da realidade, para contar como as coisas aconteceram. Assim, o filme poupa o suspense de esconder quem é o assassino e expõe as brutalidades que o serial killer fez.
Além disso, mostra a importância do trabalho da jornalista Rahimi, que foi peça fundamental para denunciar os crimes, sendo a única que teve disposição para investigar o que estava ocorrendo. Vale ressaltar que, uma das principais motivações do serial killer, foi de que ele acreditava ser enviado para uma missão espiritual de limpar as ruas do pecado.
