Escolha do Cine BBB desta quarta (31), a minissérie “Betinho – No Fio da Navalha” (2023) retrata a vida do sociólogo e ativista mineiro Herbert de Souza, conhecido como Betinho, um dos nomes mais importantes no combate à fome e à miséria no Brasil.
“A obra dramatúrgica biográfica retrata sua luta por grandes causas sociais, em especial o combate à AIDS e à fome, e resgata momentos importantes da vida do homenageado entre os anos 1960 e 1990, intercalando imagens de diferentes fases de Betinho”, explica a divulgação da Globo. “Em seu caminho, o ativista enfrentou a AIDS, a ditadura militar, a hemofilia e tantos outros obstáculos pessoais, mas escolheu a fome da população como seu principal inimigo, fundando a Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida, a maior campanha de solidariedade do Brasil, que completa 30 anos em 2023.”
Segundo o diretor geral da minissérie, André Felipe Binder (“Aruanas”), eles quiseram mostrar uma versão mais humana de um personagem tão importante para a história do país, colocando uma trama familiar como o centro da narrativa.
Betinho é interpretado por dois atores. A sua versão adolescente é vivida por Antonio Haddad (“Os Outros”) e a versão adulta ficou por conta de Júlio Andrade (“Sob Pressão”), que também dirigiu vários episódios. Outros nomes do elenco são Humberto Carrão (“Renascer”), Leandra Leal (“O Lobo Atrás da Porta”) e Andréia Horta (“Elis”).
Qual foi a causa da morte de Herbert Souza?
O sociólogo e ativista sofreu com vários problemas de saúde durante a vida. Assim como sua mãe e seus irmãos, Betinho era hemofílico, portado de um distúrbio genético que impede o sangue de coagular. Por causa a doença, ele precisava de transfusões de sangue com frequência e, em uma delas, contraiu o HIV, vírus causador da aids.
Ele descobriu que era soropositivo em 1986 e, junto com amigos, fundou e presidiu a Abia, Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids. “A ABIA é uma organização não-governamental sem fins lucrativos que sempre atuou na mobilização da sociedade civil para o enfrentamento da epidemia de HIV e da AIDS no Brasil. Entre os temas prioritários, estão o acesso ao tratamento e assistência e a defesa dos direitos humanos das pessoas que vivem com HIV e AIDS”, explica o site da organização.
Muito debilitado por causa da aids, Betinho adquiriu outra doença por causa de transfusões de sangue, a hepatite C, doença que foi a causa da sua morte. Ele faleceu em 1997, aos 61 anos, em sua casa no Rio de Janeiro “em paz, tranquilo, sem dor e sem sofrimento”, segundo o seu assessor, Átila Roque, declarou na época. Ele já tinha expressado a vontade de morrer em casa, cercado por família e amigos.
Fonte: G1 e Folha de São Paulo.
Continue acompanhando o Música e Cinema para ficar por dentro do mundo do entretenimento.
