Não é novidade que os David Gilmour e Roger Waters, que são ex-integrantes da banda Pink Floyd, protagonizam uma rixa mortal há anos. Contudo, após a recente notícia de que o valioso catálogo musical da banda foi vendido por uma quantia multimilionária, uma reconciliação era esperada.
Afinal, com uma arrecadação que beira os US$ 400 milhões, foi possível pôr fim à uma série de conflitos que os integrantes da banda travaram durante anos. Entretanto, isso não parece ser o suficiente para garantir uma trégua entre os músicos, como confirmado em declarações recentes de Gilmour.
Durante uma sessão de perguntas e respostas promovidas pelo jornal The Guardian, o guitarrista foi questionado por um fã se voltaria a se reunir com seu antigo companheiro de banda. E Gilmour não hesitou em dar uma resposta totalmente negativa.
“Absolutamente não. Eu tendo a ficar longe de pessoas que apoiam ativamente ditadores genocidas e autocráticos como [presidente da Rússia, Vladimir] Putin e [presidente da Venezuela, Nicolás] Maduro”, declarou o músico.
Ele destacou os posicionamentos anti-LGBTQIAPN+ de Putin, reforçando que este é um dos principais motivos para evitar a trégua. “Nada me faria dividir o palco com alguém que acha que tal tratamento às mulheres e à comunidade LGBT é ok”, completou.
Quando aconteceu a briga do Pink Floyd?
Apesar de Roger Waters e David Gilmour trocarem farpas até hoje, a briga dos dois é antiga, tendo início em meados da década de 1980. Na época, o baixista havia deixado o Pink Floyd, e acreditava que seus colegas não poderiam seguir em frente, uma vez que ele acreditava ser o líder da banda.
Contudo, conforme Gilmour deu continuidade ao trabalho da banda, isso inflamou uma disputa judicial pelo nome do Pink Floyd por volta de 1987. Waters acreditava que ele merecia ficar com o nome, uma vez que era o compositor e vocalista, além de ter criado diversos elementos usados nos shows.
No fim, o guitarrista acabou conseguindo manter o nome, e desde então a relação entre ele e Waters se manteve em constante conflito. Para Nick Mason, baterista e membro original da banda, é “decepcionante que esses senhores bastante idosos ainda estejam em desacordo”, disse ele em entrevista à Rolling Stone EUA em 2018.