Poucas semanas após o público testemunhar a batalha entre o Homem de Aço e o Homem Morcego, chegou às telonas outra batalha épica: a dos super-heróis da Marvel em Capitão América: Guerra Civil.
Até um mês atrás eu tinha uma dúvida, que acredito ainda ser a de muitas pessoas: o que faz do longa, um filme do Capitão América e não dos Vingadores? Essa dúvida foi esclarecida quando li uma entrevista que a Revista Preview realizou com o presidente da Marvel Studios, Kevin Feige.
Nela, Feige declara que Guerra Civil é essencialmente um filme do Capitão América, pois levando em consideração tudo o que aconteceu no Universo Marvel anteriormente, trata-se de uma sequência direta de Capitão América 2: O Soldado Invernal. É a história do melhor amigo do Capitão, Bucky Barnes, que sofreu lavagem cerebral e se tornou um assassino.
Depois de refletir melhor, me convenci de que Feige tinha razão. Apesar de não parecer, Guerra Civil é de fato um filme da série Capitão América, porque a história é focada na luta e na esperança de Steve Rogers para limpar o nome do amigo e ajudá-lo para que se desprenda da imagem de Soldado Invernal. Claro que isso não seria uma tarefa simples e ocasionaria no questionamento de outros heróis, principalmente o Homem de Ferro.
Não é de hoje que percebemos uma tendência de discórdia entre Os Vingadores. Desde a Era de Ultron, pode ter passado por nossas cabeças que o dia em que Homem de Ferro (Robert Downey, Jr.) e Capitão América (Chris Evans) se desentendessem pra valer, chegaria. Em Guerra Civil, os governos do mundo tentam limitar as atividades dos Vingadores por causa dos incidentes que ocorreram nos filmes anteriores: destruição de prédios e monumentos públicos e morte de pessoas inocentes. Tony Stark/ Homem de Ferro, por se sentir culpado pela morte de um jovem em Sokovia, decide apoiar a supervisão dos governos. Steve Rogers/ Capitão América resiste e defende que os Vingadores devem ser livres para proteger a humanidade sem intervenção.
Um tratado na conferência de Viena é estabelecido para que os governos controlem as ações dos heróis. Homem de Ferro, Viúva Negra (Scarlett Johansson) e War Machine (Don Cheadle) assinam o acordo. Capitão e Falcão (Anthony Mackie) decidem não assinar. Tudo se agrava quando um ataque à conferência, que resultou na morte do Rei T’Chaka de Wakanda, é atribuído ao Soldado Invernal/Bucky Barnes (Sebastian Stan).
Após descobrir que o governo não pretende poupar Bucky Barnes, o Capitão América decide intervir para proteger e ajudar o amigo a limpar seu nome. Nesse evento surge o Pantera Negra, que mais tarde revela ser T’Challa (Chadwick Boseman), filho do Rei T’Chaka, que jurou matar Barnes para vingar a morte do pai. Após um confronto que resultou na prisão de Bucky e Capitão América, o suposto “vilão” do filme, Coronel Helmut Zemo (Daniel Brühl), entra em ação. Após matar um antigo general da Hidra e roubar o livro que possui as palavras que despertam e controlam o Soldado Invernal, ele se infiltra na instalação onde Capitão América e Bucky Barnes estão detidos. Pretendendo causar muitos estragos e colocando os heróis uns contra os outros, ele desperta o Soldado Invernal de Barnes.
A partir daí, o filme gira em torno de quem pode estar certo e quem pode estar errado. Outros heróis da Marvel entram no jogo, Homem-Formiga (Paul Rudd), Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen), Homem-Aranha(Tom Holland) e Visão (Paul Bettany) surgem para escolher seus lados em uma das mais épicas batalhas do cinema.
Mencionei o Coronel Helmut Zemo como “vilão”, mas acredito que em Capitão América: Guerra Civil não há vilões, mas perspectivas diferentes de certo e errado ou até mesmo justiça, e que ao mesmo tempo põe em fragilidade e questionamento a liderança do Capitão América e Homem de Ferro. Também é colocado em questão se a humanidade, incluindo os super-heróis, sabe como agir para se proteger das ameaças que rodam nosso gigantesco universo.
Guerra Civil estreou no dia 28 de abril e já arrecadou mais de US$ 216 milhões em todo mundo. Nos Estados Unidos, estreou no dia 06 de maio e há expectativas de que ele arrecade por lá em sua primeira semana, mais de US$ 200 milhões. A direção continua por conta dos irmãos Russo, que dirigiram de modo espetacular Capitão América 2: O Soldado Invernal. No Rotten Tomatoes o filme já atingiu 91% de aprovação dos críticos.
Enquanto esperamos “Os Vingadores: Guerra infinita – Parte 1”, você que ainda não assistiu Guerra Civil, por que não vai lá conferir e depois volta aqui para nos contar em que time você ficaria?