“Oppenheimer” superou as expectativas com sua bilheteria de abertura e recebeu ótimas avaliações da crítica, mas nem tudo são flores para o novo filme de Christopher Nolan (Interestelar). A produção vem recebendo críticas de indianos e um grupo nacionalista chamou o longa de “ataque contundente ao Hinduísmo” (via G1).
A cena que gerou controvérsia é uma cena de sexo entre o personagem-título Oppenheimer (Cillian Murphy) e Jean Tatlock (Florence Pugh). Durante a relação, Jean pede que ele leia um trecho de um livro, o “Bhagavad Gita”, considerando o texto mais sagrado das escrituras hindus. O trecho lido é a frase “e eu me tornei a morte, destruidora de mundos”, uma referência a uma entrevista famosa que o cientista deu anos depois.
O grupo nacionalista Save Culture Save India Foundation postou uma carta aberta para o diretor no Twitter no último sábado (22), expressando indignação diante do uso do texto sagrado em uma cena de sexo. “Não sabemos a motivação e lógica por trás dessa cena desnecessária na vida de um cientista. Mas isso é um ataque direto a crenças religiosas de um bilhão de hindus tolerantes”, afirma um dos trechos da carta.
O texto afirma que Hollywood tem sido muito cuidadosa ao retratar os povos islâmicos e que a mesma “cortesia” deveria ser estendida aos hindus. A carta ainda ressalta que eles admiram muito o trabalho de Nolan e que ele deveria remover a cena do longa, caso contrário, isso seria condenado como um “ataque deliberado à civilização indiana.”
Oppenheimer
O longa biográfico conta a história do cientista J. Robert Oppenheimer, diretor do Projeto Manhattan e responsável pela criação da bomba atômica. O elenco conta com Cillian Murphy (Peaky Blinders) no papel principal, além de nomes como Robert Downey Jr. (Homem de Ferro), Matt Damon (Interestelar), Emily Blunt (Um Lugar Silencioso), Florence Pugh (Midsommar) e Josh Hartnett (Pearl Harbor).
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