Conheça todos os filmes da franquia Psicose
O filme Psicose (Psycho) é um dos maiores clássicos já lançados na história do cinema, dirigido pelo genial Alfred Hitchcock em 1960, porém poucos sabem que este foi apenas o início de uma franquia, que viria a se tornar uma quadrilogia, todas estreladas por Norman Bates (Anthony Perkins). O primeiro filme é de 1960 (o maior clássico, de Alfred Hitchcock), a continuação é de 1983 (23 anos após o primeiro), o terceiro filme vem em 1986 e o final em 1990 (dois anos depois Perkins veio a falecer).
Filmes Psicose: conheça a franquia de Norman Bates
Psicose é cultuado como um dos maiores filmes da história e com certeza um marco do suspense, baseado no livro homônimo de Robert Bloch. A trama (nos quatro filmes) gira em torno da figura de Norman Bates, um homem atormentado pela figura da mãe, que é totalmente controladora e ciumenta com seu filho.
Os três primeiros filmes são ambientados no motel Bates, um cenário sombrio e muito adequado para o enredo. No quarto filme, o motel Bates aparece apenas na última cena e em flashbacks durante o desenvolvimento.
Agora você conhecerá cada filme individualmente, no entanto, não recomendamos que leia caso não tenha assistido ainda, pois alguns spoilers podem aparecer.
Psicose (psycho) – 1960
Sinopse: Marion Crane (Janet Leigh) é uma jovem secretária, que após roubar 40 mil dólares, entra em uma fuga alucinante, até se perder e acabar em um motel, o local se chama “Bates Motel” e é administrado por Norman Bates, que logo se interessa muito por Marion, que por sua vez decide passar a noite no local, mal sabia ela que após isso muitos acontecimentos trágicos viriam.
Psicose é com toda a certeza o trabalho mais genial da carreira de Hitchcock, que teve o ápice de sua criatividade e talento nesta obra, que teve baixo orçamento e contou com elenco “reciclado” de série televisiva. A escolha da filmagem em preto e branco foi de Hitchcock, que achou o filme excessivamente sangrento para ser feito a cores.
Anthony Perkins (Norman Bates) é completamente genial nesta obra, sendo este o papel que projetou sua carreira a um marco histórico e também considerado o motivo de fracassos futuros, onde considerava-se que Perkins nunca chegou a sair do papel de Bates.
Outro destaque desta obra é o compositor da trilha sonora, o famoso Bernard Herrmann, que também trabalhou em outras grandes obras de Hitchcock, como Os Pássaros, além de grandes clássicos como Cidadão Kane e O Dia em Que a Terra Parou. A trilha sonora de Psicose (assim como o filme) é um marco histórico do cinema.
Temos que destacar um fator que na carreira de Hitchcock é quase exclusivo de Psicose, onde até cerca de 40 minutos temos Marion como grande protagonista e destaque (história girando em torno dela) e após sua morte, esse destaque vira para Norman Bates, numa virada muito interessante e que dá um charme especial para o filme.
O filme pode ser dividido em três cenas principais. A primeira cena de destaque é justamente a mais marcante do filme, onde Marion é assassinada no chuveiro (cena repetida até hoje). A segunda cena de destaque é o assassinado de Arbogast, um detetive que invade a casa de Bates em busca de explicações e acaba assassinado por sua “mãe”. E a última cena e também muito marcante, é quando Lila Crane encontra uma aparente senhora grisalha sentada de costas e quando gira a cadeira tem uma grande surpresa.
Psicose II (Psycho II) – 1983
Sinopse: Após anos internado em uma clínica de reabilitação, Norman Bates enfim é libertado e agora pretende recomeçar, mantendo o Bates Motel e trabalhando numa lanchonete, porém agora vai ter que lidar com a não aceitação de sua libertação e também com a aproximação de interesseiros, além de ter que se controlar com seus instintos nada comuns.
A continuação tenta manter um pouco do clima da obra original (diferentemente do terceiro e do quarto), obviamente para os anos oitenta, tem de usar cores. A direção é de Richard Franklin e como protagonista, temos novamente Anthony Perkins.
A partir deste filme, passamos a ver Norman Bates de maneira diferente, a ver que ele realmente sofre de problemas psicológicos e que precisaria de um tratamento especial.
O filme é bom, sim, isso é inegável, mas infelizmente (ou felizmente) tem que lidar com a sombra do primeiro e mais clássico da franquia e comparações eram de se esperar. Comparando o primeiro filme com o segundo, vemos uma distinção gigantesca, isso é inevitável, principalmente pela ausência de Hitchcock, no entanto, analisando isoladamente este segundo filme, existem fatores a serem elogiados.
Mesmo sendo muito criticado e tendo sempre consigo a sombra do primeiro clássico, em questão de bilheterias, foi um grande sucesso, faturando cerca de cinco vezes o investido (foi um filme de baixo orçamento).
Psicose III (Psycho III) – 1986
Sinopse: Norman Bates segue administrando o Bates Motel, morando sozinho na casa, tendo consigo novamente um cadáver, que acredita ser a sua verdadeira mãe. Tudo andava tranquilamente até a chegada de uma hospede que abalaria sua sanidade, que já andava conturbada. Maureen Coyle (de mesmas iniciais que Marion Crane), que tem aparência parecida com a da primeira protagonista, além disso, uma repórter vem em busca de respostas e para avaliar se Norman Bates merece mesmo estar solto.
Dos quatro filmes, este é provavelmente o único que faz o telespectador rir, pois ele pega a onda oitentista dos slashers (aproveite e saiba o que é um filme slasher clicando Aqui) e transforma Norman Bates em um assassino mais brutal, talvez não exatamente mais brutal, mas mostra as cenas de mortes muito explícitas, quebrando totalmente aquele clima de suspense psicológico inteligente criado no primeiro filme por Alfred Hitchcock e seguido no segundo. Novamente, analisado isoladamente, pode ser considerado um filme slasher razoável, porém sempre tem aquela grande sombra do clássico supremo.
Foi novamente produzido por Hilton A. Green (assim como o segundo), porém desta vez Anthony Perkins assume protagonismo e direção da obra, dando um toque muito pessoal para o desenvolvimento e se entregando cada vez mais para o grande papel de sua carreira.
A trilha sonora é provavelmente o maior destaque do filme, sendo muito bem elaborada e aplicada para um verdadeiro slasher. Foi o segundo trabalho de Carter Burwell como compositor de trilhas sonoras para filmes.
Psicose IV: A Revelação (Psycho IV: The Beginning) – 1990
Sinopse: Após nova internação, Norman bates está de volta, desta vez ele realmente conseguiu se reabilitar, agora é casado com uma enfermeira que conheceu no confinamento. Durante um programa de rádio sobre matricídios, Norman resolve participar e conta toda sua história, desde a infância até o assassinato da mãe e faz uma grande revelação: vai matar novamente!
Esse é o filme que provavelmente deu base para o seriado Bates Motel, pois faz um verdadeiro review em toda a vida de Norman Bates e o coloca como um paciente curado e faz uma desmistificação sobre o vilão, conseguindo dar um final feliz para a história, algo que é inevitável devido a maneira como ele é conduzido durante as continuações.
É um filme bem explicativo, nada mais que isso. Em alguns momentos, deixa algumas dúvidas quanto a coerência com os outros filmes em alguns pequenos detalhes, que bons entendedores da história nitidamente vão notar.
Para finalizar, não exatamente indicamos as continuações, pois elas realmente mudam a concepção e a visão sobre o primeiro filme, algo inevitável, pois você sempre que assistir novamente o primeiro filme vai pensar no Norman Bates de um todo e não apenas daquela primeira obra.
Excelente artigo, Leo! Nunca fui fã da franquia, mas após ler a matéria, fiquei curioso. Parabéns e continue sempre assim, crescendo cada vez mais juntamente com o “Música e Cinema”.
Obrigado Ricardo, conto sempre com sua participação, um grande abraço meu amigo!
O assassino do II é a Sra. Spool ou Norman? Acho que era Norman, o tempo todo ou aquela velhinha aumentava de estatura na hora que matava.