Faster, Pussycat! Kill! Kill! é um filme do gênero exploitation, lançado no ano de 1965, uma criação de Russ Meyer (ex-fotógrafo da Playboy) que inovou a maneira de se ver as mulheres no cinema e na sociedade, mostrando também uma combinação de humor, sexualidade e muita violência que viria a ficar muito famosa futuramente. De baixo orçamento e de grande genialidade de Meyer, Faster, Pussycat! Kill! Kill! merece o respeito de todos os cinéfilos.
Faster, Pussycat! Kill! Kill! – 1965
Sinopse: Varla (Tura Satana), Rosie (Haji) e Billie (Lori Williams) são strippers que estão no deserto tendo um pouco de diversão, quando são abordadas por um casal, onde o garoto estava decidido a melhorar seus tempos no deserto, porém após algumas discussões, provocadas pelas excêntricas strippers, o motorista é assassinado e a pobre garota, Linda (Sue Bernard) é obrigada a acompanhar suas assassinas, que durante uma parada em um posto de gasolina, descobrem que uma família com um deficiente físico, um deficiente mental e um jovem garoto, detém grande quantidade de dinheiro. A partir deste momento uma grande trama é desenvolvida.
O filme é absolutamente bem desenvolvido, numa intensidade muito boa, com atuações bem definidas e estereotipadas, onde as atrizes pegam papéis bem teatrais, com falas exatas e muito bem ensaiadas.
O trio de strippers faz bem sua missão em Faster, Pussycat! Kill! Kill!, Varla é a líder do bando, quem tem o poder de decisão, sendo muito persuasiva e gananciosa, tendo um grande respeito de Rosie, uma personagem mais secundária, que apenas acata fielmente as ordens da Varla e tenta demonstrar alguma revolta.
Billie merece destaque, pois seu papel é bem controverso, sempre usando roupas muito sensuais, assim como suas colegas, ela apresentava subversão as ordens, sempre revoltada e muito individualista, pagando por isso com a morte.
Linda é de uma peculiaridade muito interessante, pois durante todo o filme foi mostrada como a moça ingênua, a “mocinha em perigo”, porém levava uma aura muito sensual consigo, em suas roupas, seus olhares e principalmente em seus gestos, sempre parecendo a inocente sensual.
Na família atacada pelo trio, temos papéis bem definidos que se completam, o pai é um senhor de idade, deficiente físico e muito perturbado com o acidente que o deixou em uma cadeira de rodas e a morte de sua esposa no parto de um dos filhos, que por sua vez se tornou um homem muito forte, no entanto sofre de muitos problemas psicológicos. Para completar a família temos o filho inteligente, que administra a casa e faz praticamente o papel da mãe.
Toda a complexidade de Faster, Pussycat! Kill! Kill! deve-se a genial direção de Russ Meyer, que tinha um estilo bem definido, de sempre usar fechadas de câmeras nos avantajados seios da atrizes, usando sempre de muita sensualidade, misturada com um humor negro bem inicial e uma violência muito forte.
Faster, Pussycat! Kill! Kill! merece todo o respeito e sua herança ficou para muitos filmes das décadas seguintes, que usam das más garotas e uma imagem de domínio feminino semelhante.
Filmaço! Definição melhor para esse clássico!
Realmente, valeu a participação. Abraço