Na última quarta-feira (22), a Netflix disponibilizou na plataforma seu novo suspense, chamado “Excluídos”. A trama traz a história de Neve (Ashley Madekwe), uma mãe que se muda para o subúrbio da Inglaterra e aparentemente tem uma vida perfeita.
Contudo, a matriarca começa a perceber uma movimentação estranha em sua volta e passa a se sentir perseguida por Carl (Jorden Myrie) e Dione (Bukky Bakray). A ação deixa no ar se isso é invenção ou realidade. Além de Neve se sentir perseguida, o filme cria uma atmosfera para também abordar questões raciais, criando uma tensão durante toda a trama.
Dirigido por Nathaniel Martello-White, esse é o primeiro trabalho do diretor à frente de uma produção, que traz inspirações do estilo de terror criado por Jordan Peele, em “Corra!” (2017).
Novo formato do gênero terror
Em “Corra!”, Peele trouxe questões agonizantes com uma nova forma de fazer terror, sem deixar de abordar as temáticas de racismo e classes sociais, tendo seu protagonista negro. Com “Excluídos”, Martello-White tenta seguir na mesma linha e, em vez de trazer o terror com sustos, conhecidos como ‘jumpscares’, busca angustiar o telespectador, revirando seu estômago.
Mais informações dos personagens
Neve é uma mulher negra, casada com Ian (Justin Salinger), um homem branco, com quem tem dois filhos, Mary (Maria Almeida) e Sebastian (Samuel Small). Sua rotina era tranquila, trabalhava como diretora assistente de uma escola particular, até que um casal negro se aproxima de sua vida e aparece em momento estranhos.
A situação sai do controle e o filme começa a destrinchar camadas mais profundas da sociedade atual. Alguns diálogos deixam claro o racismo, indo além do estrutural, criando um conflito na protagonista, que passa por uma “transformação” para agir como uma cidadã branca ao mudar suas vestimentas e modos de agir.