Entra ano, sai ano, e os fãs de cinema continuam discutindo o Oscar e quem venceu e quem foi injustiçado nos prêmios de Melhor Filme, Melhor Direção, etc… E se eu te disser que existe uma categoria do Oscar que nunca teve um vencedor?
Desde 2000, existe uma categoria na premiação chamada “Melhor Musical Original”. E você provavelmente nunca ouviu falar dela, porque ela nunca entrou na premiação, já que nunca tiveram concorrentes o bastante para a categoria.
As regras da categoria são que (obviamente) precisa ser um musical original. Ou seja, produções baseadas em peças da Broadway, como “Chicago” (2002) e “Os Miseráveis” (2012), ficam fora do páreo. O longa também precisa de cinco músicas originais que sirvam para avançar a narrativa do filme.
Outra regra é que a categoria precisa de pelo menos dez filmes qualificados para concorrerem. Mesmo em anos em que existia algum possível concorrente ao prêmio – “La La Land: Cantando Estações” (2016) e “O Rei do Show” (2017), por exemplo -, não existia competição o suficiente para a categoria ser incluída.
O problema dos musicais em Hollywood
Até meados dos anos 60, os musicais eram um dos carros-chefes de Hollywood, com várias produções do estilo sendo lançadas todos os anos e arrecadando valores impressionantes nas bilheterias. Porém, nos anos 60, surgiu o movimento da “Nova Hollywood”, que apostava em filmes mais realistas, com um tom mais duro, e o mundo fantasioso dos musicais foi gradativamente perdendo espaço ao longo dos anos.
Uma matéria do Deadline conta que os estúdios estão evitando promover seus filmes musicais como o que eles são: musicais. “Aparentemente, grupos focais de audiência-teste geralmente odeiam musicais, e o único jeito de fazer as pessoas irem ao cinema para assistir um é enganá-las”, explica o veículo.
Recentemente, muitos internautas reclamaram de produções como “Wonka” (2023) e “Meninas Malvadas” (2024), em que os trailers e o material de divulgação não deixavam claro que são musicais.
Fonte: Collider e Deadline.
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