James Cameron não é nenhum leigo quando o assunto é fazer documentários. Em 2003, o diretor canadense dirigiu Fantasmas do Abismo, um documentário cujo intuito era vasculhar o que restou do Titanic no fundo do oceano.
Muito antes de toda a polêmica do submarino desaparecido da OceanGate chegar às manchetes de 2023, Cameron fez do trajeto ao fundo do mar sua rotina. Em entrevista recente, o cineasta afirmou que foi diversas vezes ao local.
“Me sinto muito ligado à história [do Titanic], depois de ter mergulhado 33 vezes no naufrágio. Quanto mais você estuda, mais contagiado pela história do Titanic você fica. Digo sempre como é frágil. Você acha que o entende até se aproximar e ver que tem muito mais complexidade na história.”
Sua pesquisa resultou no documentário Fantasmas do Abismo. Na produção, James Cameron aprofunda ainda mais seus estudos para a realização de Titanic, filme que se tornou o maior sucesso da história do cinema em 1997.
Produzido pela Disney, Fantasmas do Abismo chegou aos cinemas em 2003, sendo um dos documentários mais bem-sucedidos da década. Vinte anos depois, a obra está disponível na Netflix (via Just Watch).
Após Titanic, James Cameron fez mais documentários
Dois anos depois de lançar Fantasmas do Abismo, Cameron se juntou à NASA para realizar Criaturas das Profundezas. A expedição foi até a base dos oceanos Atlântico e Pacífico em busca das formas de vida mais peculiares do nosso planeta.
Mais recentemente, em 2012, Cameron se tornou membro da segunda equipe a atingir o ponto mais profundo do oceano conhecido pelo homem. Após cerca de duas horas e trinta minutos de descida, a equipe chegou ao ponto próximo às Fossas Marianas. O diretor filmou todo o percurso com câmeras 3D e tecnologia similar à utilizada em Avatar.
Depois de 25 anos sendo perguntado incessantemente se Jack cabia ao lado de Rose na porta do Titanic, o cineasta lançou um novo documentário, detalhando a situação e pondo um ponto final à discussão.
“Nós fizemos um estudo científico que vai acabar com essa teoria de uma vez por todas. Usamos um expert em hipotérmica e contratamos duas pessoas com a mesma massa corporal que Kate [Winslet] e Leo [DiCaprio] tinham na época, além de reconstruir a porta usada nas gravações”, revelou Cameron.
O documentário chegou este ano ao National Geographic.