A história da franquia Pânico é muito conhecida pelos fãs de terror, levando em consideração que o Ghostface é um dos assassinos mais famosos do cinema. Porém, pouco se sabe que a história do filme foi inspirada por um chocante caso da vida real.
O primeiro filme, lançado em 1996 com roteiro de Kevin Williamson, foi escrito com base em um caso criminal que ocorreu em Gainesville, cidade na Flórida, EUA, em meados dos anos 1990, que Williamson descobriu enquanto trocava os canais da TV. E agora, a história finalmente está sendo contada.
O documentário Pânico: A História Por Trás do Filme explora o caso do serial killer Danny Rolling, conhecido como “O Estripador de Gainesville”, cuja história inspirou a criação de Ghostface, e finalmente será disponibilizado no Brasil através da HBO Max.
A produção estava disponível no catálogo do Discovery+ desde 2022 como um capítulo do especial Shock Docs da plataforma de streaming, mas está sendo disponibilizado no país pela primeira vez, com sua data de estreia marcada para o dia 27 de outubro.
A série se aprofunda no aspecto sobrenatural do caso, com a ajuda do investigador paranormal Steve Shippy e a médium Cindy Kaza, conduzindo uma investigação sobre a vida de Rolling, visitando até mesmo a casa da infância do serial killer, onde ele supostamente sofria experiências paranormais. Assista ao trailer:
Mais sobre Danny Rolling, o assassino que inspirou Pânico
ATENÇÃO: O texto a seguir relata a história do serial killer Danny Rolling, relatando seus atos homicidas, e pode despertar gatilhos. Recomenda-se ler com cautela.
Nascido em 26 de maio de 1954, na cidade de Shreveport, Louisiana, Danny Rolling tinha um perfil digno de uma pessoa problemática, com uma infância dura, sofrendo nas mãos do pai abusivo. Ele se automedicava com remédios misturados com álcool desde os 11 anos.
Ele foi diagnosticado com transtorno de personalidade, o que o levou a ser dispensado da força aérea, além de já ter sido preso por roubos em supermercados. Rolling também já havia atirado contra seu próprio pai, que sobreviveu por um milagre.
Após diversos problemas, Danny fugiu para a Flórida em meados de 1990, mais precisamente para a cidade universitária de Gainesville, onde praticou seus crimes mais conhecidos. Sua onda de assassinatos teve início naquele mesmo ano, no dia 24 de agosto.
Suas duas primeiras vítimas foram Sonja Larson, de 18 anos, e Christina Powell, de 17, a quem ele seguiu até o apartamento e, além de esfaquear e mutilar as jovens, chegou a estuprar Christina. Os corpos foram lavados com detergente no chuveiro das vítimas, em uma tentativa de eliminar possíveis vestígios de material genético.
Logo na noite seguinte, Danny fez mais uma vítima, sendo ela Christa Hoyt, de 18 anos. A jovem foi encontrada decapitada, com os mamilos cortados e com seu corpo aberto do tórax ao osso púbico. Ela também foi estuprada e esfaqueada e foi encontrada amarrada com fita adesiva.
No dia 27 de agosto, ou seja, 2 dias depois de seu último assassinato, mais duas vítimas foram encontradas com os mesmos traços e características do seriall killer. Manuel Taboada e Tracy Paules foram mortos exatamente da mesma maneira.
Após investigações, Danny foi encontrado em uma prisão na cidade de Ocala, na Flórida, onde estava preso desde o dia 7 de setembro. Além das provas reunidas pelos investigadores, o fato de Danny estar preso também deu fim a onda de assassinatos em Gainesville.
Em seu julgamento, Danny alegou inocência em relação aos crimes a ele imputados, mas confessou a autoria dos assassinatos pouco tempo depois. Ele foi condenado à pena de morte em abril de 1994, mas sua execução através de injeção letal ocorreu apenas no dia 25 de outubro de 2006.
Apesar de não ter seu nome citado na franquia Pânico, o próprio Kevin Williamson já admitiu que a ideia do roteiro foi inspirada na história do serial killer, responsável pela morte de 5 jovens na cidade de Gainesville.