Durante sua participação no programa Superplá Podcast, apresentado por João Gordo, Dinho Ouro Preto falou muito sobre a história do Capital Inicial e as peripécias da banda durante sua jornada de quase cinco décadas. No entanto, o vocalista também falou de sua vida pessoal ao apresentador.
Sem papas na língua, João Gordo questionou seu entrevistado sobre seu período defendendo a política da Lava-Jato e exaltando figuras como Sérgio Moro. “O cara [Sérgio Moro] veio em um show nosso, acho que foi 2016, muito antes de tudo”, começou Dinho Ouro Preto.
João Gordo, surpreso, perguntou então se o vocalista acreditou nas ações de Moro como algo positivo ao Brasil. “Ali no começo, sim… era 2016, ele estava ali no meio dos poderosos, dois anos antes de prender o Lula, e… olha, em primeiro momento acreditei sim. Verdade seja dita, o Supremo Tribunal inteiro tava dizendo que sim.”
Dinho Ouro Preto revela arrependimento com apoio à Lava-Jato
Durante uma apresentação em Coritiba, em 2016, o Capital Inicial dedicou uma versão de Que País É Esse ao juiz Sérgio Moro, que acompanhava a performance na plateia. No entanto, Dinho Ouro Preto revelou seu arrependimento.
Dinho afirmou que em primeiro momento não enxergou a situação com uma armação para prender o ex-presidente Lula e impedi-lo de concorrer à presidência mais uma vez, agora contra Jair Bolsonaro. “Mordi minha língua. Foi um erro monumental”, disse o cantor.
“Eu acho que a Lava-Jato é responsável pela ascensão da extrema-direita.”
João Gordo foi ainda além, afirmando que o filme Tropa de Elite, de 2007, e sua sequência, Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é Outro, de 2010, foram as faíscas para a ascensão da extrema-direita, mostrando a tortura como uma maneira eficaz de política. Para encerrar o assunto, Dinho brincou, afirmando que o mundo virou de cabeça para baixo mesmo quando David Bowie morreu.