Nesta quarta-feira (26), a Netflix disponibilizou o documentário “Desaparecida – O Caso Lucie Blackman”, trazendo os detalhes da história real do desaparecimento de uma comissária de bordo britânica no Japão.
Nascida em 1 de julho de 1978, Lucie Black infelizmente teve um fim trágico quando ficou desaparecida e encontrada morta aos 21 anos, no Japão, nos anos 2000. Lucie era conhecida por ser carismática e aventureira, e junto com uma amiga, decidiram trabalhar como hostess no clube Casablanca.
Ela já havia trabalhado como comissária de bordo e decidiu migrar de emprego, pois não estava mais feliz com a profissão. Como recepcionista da boate, o trabalho também exigia encontros pagos com clientes, o que a colocava em risco. Certo dia, sua amiga Louise Phillips percebeu que ela não retornava às ligações ou atendia a porta, fazendo-a procurar a polícia.
A família Blackman ficou sabendo do seu desaparecimento e foram para Tóquio, onde iniciaram uma campanha altamente divulgada na mídia, para encontrarem a filha. Contudo, em fevereiro de 2001, o corpo de Blackman foi encontrado e o autor do crime foi estuprador em série coreano-japonês, Joji Obara, foi acusado por seu assassinato.
Onde está Joji Obara hoje?
Em julho de 2001, o julgamento pelo crime de Blackman começou, e durou cinco meses, até que o corpo da jovem foi encontrado numa caverna à beira-mar em uma pequena vila de pescadores, uma hora fora de Tóquio. A localização era próxima às propriedades de Joji Obara, contudo, em 2007, o processo teve uma reviravolta e o acusado foi absolvido do estupro e assassinato de Blackman por falta de provas.
Mas, ele foi considerado culpado por outros crimes, por ter várias acusações de estupro e homicídio culposo da modelo australiana Carita Ridgway, morta em 1992. De acordo com as leis do país, os promotores acusaram Obara de “estupro resultando em morte” (relacionado ao caso de Ridgway) em vez de assassinato, que incluiu o estupro de outras nove mulheres.
Porém, a mudança do verídico no caso de Blackman não foi bem vista e outro julgamento foi feito em 2008, no Tribunal Superior de Tóquio. Em dezembro do mesmo ano, Obara foi considerado culpado pelo sequestro, esquartejamento e descarte do corpo de Blackman. A Suprema Corte do Japão também rejeitou o recurso de Obara em dezembro de 2010 e manteve sua sentença de prisão perpétua.