Na semana passada, a Netflix disponibilizou mais um documentário de true crime em sua plataforma. Desta vez, o serviço de streaming trouxe a história de “Desaparecida – O Caso Lucie Blackman”, sobre o desaparecimento de uma comissária de bordo britânica no Japão, durante os anos 2000.
O caso de Lucie Blackman teve uma grande repercussão internacional, pois o caso envolveu um desaparecimento e crimes bárbaros contra uma jovem. Aos 21 anos, Lucie desapareceu em Tóquio, no Japão, depois de ter ido trabalhar no país como recepcionista em uma boate. Seu sumiço foi relatado no dia 1º de julho de 2000, depois que Lucie não atendia o telefone e nem a porta de casa.
Na época, o pai de Lucie foi quem tomou a frente do caso e sua ação foi considerada “incomum” aos olhos do país, pois ele realizou coletivas de imprensa e entrevistas, oferecendo até recompensas por informações sobre sua filha. Foram precisos sete meses para que algum sinal dela fosse revelado.
Mais detalhes do crime
Em 2001, foram encontrados restos mortais, posteriormente identificados como sendo de Lucie. Partes do seu corpo foram enterradas em uma caverna perto de casa, próximo às propriedades do empresário coreano-japonês Joji Obara. Mais tarde, foi revelado que Obara havia drogado, violentado e assassinado Lucie.
Joji Obara foi quem matou Lucie?
Quando o nome de Joji Obara foi envolvido na história, surgiu uma série de acusações junto de agressões sexuais contra outras mulheres. Obara era um empresário japonês de ascendência coreana que foi capturado pelos assassinatos de Lucie Blackman e de uma outra mulher australiana, chamada Carita Ridgway.
Dentre os crimes que ele cometeu, Obara foi acusado de drogar, violentar e às vezes filmar suas vítimas enquanto as torturavam. Ele frequentava boates com intuito de colocar drogas em bebidas e tinha o costume de agredir as mulheres enquanto estavam inconscientes.
De acordo com a investigação, Obara matou e desmembrou o corpo de Lucie, o enterrando em uma caverna perto de sua casa. Em seguida, também foi responsabilizado pelo assassinato de Carita Ridgway em 1992. Em 2001, ele foi preso, e em 2007 foi considerado culpado de violentar nove mulheres, além de ter sido sentenciado por homicídio culposo de Carita Ridgway.
Condenado por prisão perpétua, por incrível que pareça, ele chegou a ser absolvido pelo assassinato de Lucie, pois, na época, foi alegado que faltavam provas suficientes para culpá-lo. Contudo, em 2008, o caso voltou à tona e o Tribunal Superior de Tóquio considerou que Obara era culpado de desmembrar Lucie e abandonar seu corpo.