David Ellefson, baixista demitido do Megadeth em 2021, comentou sobre a relação entre o Metallica e Dave Mustaine, demitido em 1983 e creditado como um dos compositores de quatro faixas do Kill ‘em All, disco de estreia da banda em entrevista realizada pelo Artists On Record Starring ADIKA Live.
“Eu sempre encorajei Dave. Lars (baterista do Metallica) estava vindo aos nossos shows, acompanhando o que fazíamos. Ele definitivamente era amigo e fã do trabalho do Dave”, conta Ellefson. Acho que o chateou ter que se despedir dele. Ele teve que fazer uma escolha, mas ele continuou vindo aos nossos shows”, afirmou, segundo transcrição feita pelo site Blabbermouth.
Para Ellefson, o Metallica não esqueceu Mustaine, pois apesar de usarem as músicas escritas por ele, o creditaram e pagaram devidamente por elas. Segundo ele, é muito comum que existam bandas que não creditam ex-integrantes. “É assim que normalmente acontece nessa indústria. Então acho incrível aqueles caras terem feito a coisa certa”, acrescenta.
Destino diferente do ex-beatle Pete Best
Ellefson comparou a situação de Mustaine com Pete Best, baterista demitido dos Beatles e substituído por Ringo Starr. Para ele, Mustaine ganhou uma segunda chance quando o Metallica optou por creditá-lo e pagá-lo pelo uso das músicas, diferente do baterista citado.
“Ele poderia ter sido o Pete Best do Metallica, o mais esquecido, membro que ninguém nunca mais ouviu falar, se eles não tivessem colocado seu nome nos discos. Isso o validou.”
Dave Mustaine já falou sobre seus royalties do Metallica em conversa com Joe Rogan, apresentador do podcast “The Joe Rogan Experience”. Segundo ele, já recebeu a maioria dos royalties, porém Kirk Hammett, guitarrista do Metallica, chegou a receber por muitos anos royalties da música Metal Militia.
“Ele tinha que conferir o cheque, então sei que alguém viu que eu não estava sendo pago”, afirmou o líder do Megadeth.