Aposta Máxima (Runner Runner) faz um profundo resgate em filmes ambientados no cenário de apostas, principalmente do poker, lembrando em certos momentos o clássico “Cartas na Mesa”, talvez isso deve-se aos roteirista David Levien e Brian Koppelman que também trabalharam no longa da década de 90, mas que não conseguem repetir aquilo que anteriormente criaram.
Aposta Máxima tem um ótimo elenco no papel, com Justin Timberlake e Ben Affleck de protagonistas, contando ainda com Gemma Arterton e Anthony Mackie correndo por fora. A história gira em torno de Richie Furst (Timberlake), um jovem universitário com problemas financeiros, que se arrisca no mercado de apostas online (poker), mas acaba perdendo e logo desconfiando de brechas na segurança do site onde apostou, partindo então atrás do proprietário do site, Ivan Block (Affleck), que vive na Costa Rica, sendo fugitivo da polícia. No país “caliente”, Block tem uma boa vida e quando escuta as críticas de Richie, oferece uma vaga para ele na equipe. Logo essa história se tornará muito mais quente do que a Costa Rica pode imaginar.
A descrição pode parecer perfeita para um filme de poker moderno, pois as mesas físicas foram abandonadas, ou seja, uma tentativa de atualizar a trama, não saindo dos clichês já estabelecidos em filmes anteriores, como Cartas na Mesa que claramente é a base para este novo filme, porém essa tentativa de atualizar tudo (inclusive os clichês) fica muito evidente e torna o filme previsível.
A direção é de Brad Furman, muito cotado após conseguir sucesso em O Poder e a Lei. A direção de Brad é regular, não consegue ser boa e muito menos ruim, apenas regular, ficando aquela sensação de que o elenco poderia ser muito mais explorado, aquela sensação de que não foi tirado tudo que se podia.
No Elenco, Timberlake se destaca, tendo o papel mais ativo e menos pernóstico, o novo Batman, Ben Affleck, por sua vez não consegue sair de uma caricatura totalmente prejudicial, talvez o cenário o tenha atrapalhado, pois ele tem que passar uma imagem centrada e individualista e ainda ter um toque de humor, algo que se torna caricato e cansativo, uma pena, pois se esperava muito de Affleck.
Nos papéis mais secundários, vale destaque para Gemma Arterton, que não comprometeu, pois ao que se apresentou sua missão era apenas ser bonita e sensual, cumpriu, mas não apresentou nada a mais disso.
A história não é ruim, é mal explorada, muito mal explorada aliás, pois poderia render um ótimo filme. O maior destaque fica para a fotografia, muito bem coordenada por Mauro Fiore, que aproveitou com excelência as belas paisagens da Costa Rica, proporcionando cenas magníficas, que em alguns momentos tiram até a atenção da história, mas já era algo de se esperar, visto que este diretor de fotografia já trabalhou em grandes destaques do gênero, como Avatar (quando ganhou o Oscar).