A Netflix lança hoje (06/11) uma das séries históricas mais impactantes do ano — uma produção que revive um episódio tão inesperado e absurdo que, para muitos, parece até ficção. “Como um Relâmpago” chega ao catálogo transformando um atentado político de mais de um século atrás em um thriller cheio de tensão, obsessão e consequências devastadoras.
Com elenco de peso, incluindo Nick Offerman, Betty Gilpin e Bradley Whitford, Como um Relâmpago promete reacender um dos episódios mais chocantes da história política dos EUA.
A história real por trás de Como um Relâmpago
A série se baseia na trajetória pouco lembrada de James A. Garfield, o 20º presidente dos Estados Unidos, e no crime que mudou para sempre a política americana.
Garfield, que saiu da pobreza em Ohio e ganhou destaque na Guerra Civil antes de chegar à Casa Branca, assumiu o cargo em um momento de forte disputa interna entre facções do próprio partido. Defensor de reformas e de uma gestão mais ética, ele acabou se tornando alvo de interesses contrariados.
É aí que entra Charles J. Guiteau, interpretado por Matthew Macfadyen. Guiteau era um simpatizante desequilibrado que acreditava ter sido responsável pela vitória eleitoral de Garfield e, por isso, merecia um cargo diplomático.
Rejeitado repetidas vezes, mergulhou numa espiral de delírios que culminou no ataque. Em 2 de julho de 1881, no movimentado Baltimore and Potomac Railroad Station, ele disparou duas vezes contra o presidente — um momento que a série recria com intensidade.
Garfield, vivido por Michael Shannon, sobreviveu ao atentado, mas enfrentou uma longa e dolorosa batalha contra infecções causadas por tratamentos médicos precários da época. Sua morte, em setembro do mesmo ano, não veio pelo tiro, mas pelas complicações posteriores.
O caso gerou comoção nacional e abriu caminho para a Lei de Reforma do Serviço Civil, mudando a forma de contratação no governo americano.









