Caso da Grávida de Taubaté vai virar filme; saiba quando estreia
Depois de dominar os programas de auditório, os jornais, os memes e as fantasias de carnaval, a Grávida de Taubaté também vai chegar às telonas do cinema. O caso bizarro da mulher que fingiu uma gravidez de quadrigêmeos e enganou o Brasil inspirou o roteiro da comédia “Grávida de 4”, previsto para começar as gravações no segundo trimestre de 2024.
“Não dá pra dizer que é baseado em fatos reais, porque é fruto de uma grande mentira, mas posso definir como a minha visão criativa da história, aliada às minhas teorias. Esse será o meu primeiro longa que vai sair do papel e eu sabia que tinha que fazer um ‘filme evento’”, explicou o roteirista Frank “Diaraki” ao Metrópoles.
Frank ainda comparou o longa ao sul-coreano “Parasita” (2019), vencedor do Oscar de Melhor Filme dirigido por Bong Joon Ho (“Oldboy”). A produção está sendo definida como “um thriller de comédia, com toques de terror e surrealismo.”
“Grávida de Taubaté virou praticamente uma figura do folclore brasileiro! Mas eu senti que tinha muita coisa que tava além da superfície e que valia a pena ser mostrada”, afirmou o roteirista.
Segundo Frank, a produção irá levantar questões interessantes, como a “espetacularização do ridículo”, mas sem um juízo de valor. “Quem são os verdadeiros vilões? Quem são os mocinhos? Deixo isso pro público responder no final, se assim o quiser fazer.”
“Grávida de 4” tem algumas propostas de produtoras, mas ainda não definiu através de qual será produzido. O elenco também ainda não foi escolhido.
Relembre o caso da “Grávida de Taubaté”
Em 2012, a pedagoga Maria Verônica dos Santos, da cidade de Taubaté, afirmou que estava grávida de quadrigêmeos e que ela e seu marido teriam dificuldades financeiras para sustentar a família. Ela começou a receber várias doações, de fraldas, enxoval e até dinheiro. Com o caso ganhando cada vez mais repercussão pela raridade de uma grávida quádrupla, ela foi chamada em programas de auditório e se tornou uma subcelebridade.
Verônica tinha dito que o parto seria na segunda quinzena de janeiro, mas um médico que havia atendido ela no segundo semestre de 2011 afirmou que ela não estava grávida na época. Ou seja, não teria como ela está prestes a dar a luz em janeiro. No dia 20 de janeiro, o advogado da pedagoga assumiu a farsa, revelando que ela usava uma barriga feita de silicone com enchimentos e que ela não desmentiu a gravidez por causa da repercussão do caso.
Ela foi processada por uma administradora de empresas que identificou que seu ultrassom estava sendo usado por Verônica. A “grávida” e seu marido foram processados por estelionato, mas o caso foi encerrado três anos depois. O casal leva uma vida discreta desde então.
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