Inegavelmente, o vocalista Bruce Dickinson é um dos principais rostos da lendária banda inglesa de heavy metal Iron Maiden. Afinal, o músico cantou desde discos clássicos como Powerslave, The Number of the Beast e Piece of Mind até os recentes The Book of Souls e Senjutsu.
No entanto, o Iron Maiden é uma banda que já passou por diversas formações diferentes, sendo Steve Harris, o baixista e fundador, o único integrante original desde a criação da banda em 1975 presente na formação da banda até hoje.
Dickinson era o segundo músico (terceiro, contando o curto período de Paul Day à frente dos vocais até 1976) a assumir os vocais da banda nos anos 80, mas acabou deixando a banda em meados de 1990, após o lançamento do disco Fear of the Dark, de 1992.
Mas a carreira do vocalista não se resumiu apenas ao Iron Maiden, pois Dickinson se dedicou a construir uma carreira solo de sucesso, até que retornou à banda em 1999. Para entender melhor a carreira do músico, abaixo você confere os acontecimentos em ordem cronológica:
O adeus a Paul Di’Anno
O jovem Bruce Dickinson, na época com 23 anos, chegou ao Iron Maiden em 1981, após conseguir bastante popularidade com sua antiga banda, Samson, com a qual gravou dois álbuns de estúdio. Inclusive, sua entrada na banda foi marcada por uma resposta ousada.
Bruce assumiria o lugar de Paul Di’Anno, vocalista que por mais talentoso que fosse, já trazia muitos problemas para a banda, principalmente devido ao uso excessivo de bebidas alcoólicas e outras drogas. No ano seguinte da chegada de Dickinson, The Number of the Beast foi lançado.
A saída de Bruce e a chegada de Blaze Bayley
A fim de explorar novos horizontes musicais, Dickinson decidiu deixar o Iron Maiden oficialmente em 1993, após o fim da turnê do álbum Fear of the Dark. Apesar da boa relação, ele sabia que os rígidos regulamentos da banda o impediriam de realizar experimentos musicais.
Com sua saída, Blaze Bayley, o vocalista da banda Wolfsbane, assumiu seu lugar a partir de 1994. A parceria com Bayley rendeu dois álbuns de estúdio com uma abordagem mais soturna e intimista, o que não agradou aos fãs. Com isso, Blaze deixou a banda em 1999.
Carreira solo de sucesso
Apesar de ter deixado a banda apenas em 1993, a carreira solo de Dickinson teve início no começo dos anos 90 com o lançamento do álbum Tattooed Millionaire, que contou com a participação do guitarrista Janick Gers, também do Iron Maiden. A carreira solo do músico foi bem aceita por fãs do mundo todo.
Posteriormente, em 1994, o músico lançou Balls to Picasso, um dos mais aclamados discos de sua carreira, que conta inclusive com o hit “Tears of the Dragon”, sua música solo mais conhecida. Diferente do disco anterior, Balls to Picasso tratou-se de uma obra mais séria.
Em 1996 o músico lançou Skunkworks, um disco com influências de metal alternativo, que estava em alta na época, mas rapidamente retornou ao som tradicional com os discos Accident of Birth e The Chemical Wedding, considerados dois dos melhores discos de metal de seus respectivos anos, 1997 e 1998.
O retorno definitivo ao Iron Maiden
Em 1999, Bruce Dickinson retorna definitivamente ao Iron Maiden, acompanhado do guitarrista Adrian Smith, que também o auxiliou em sua carreira solo. Com isso, a formação se tornou o famoso sexteto formado por Dickinson — vocal —, Smith, Dave Murray e Janick Gers — guitarras —, Steve Harris — baixo — e Nicko McBrain — bateria.
Desde então, a formação permaneceu intacta, rodando o mundo e tocando não só seus sons clássicos, mas produzindo novas gravações de estúdio, totalizando seis discos desde o retorno de Bruce e 17 durante toda a carreira da banda. São eles:
- Brave New World (2000);
- Dance of Death (2003);
- A Matter of Life and Death (2006);
- The Final Frontier (2010);
- The Book of Souls (2015);
- Senjutsu (2021).
No momento, o Iron Maiden realiza a turnê The Future Past Tour, com datas previstas para a América do Norte. O cronograma completo está disponível no site oficial da banda.