Briga e gritaria: desastrosa parceria entre Paul Simon e John Lennon

John Lennon e Yoko Ono formaram um dos casais mais badalados e controversos da história do rock. O romance chega a ser considerado por muitos o maior motivo da separação dos Beatles. Afinal, aonde ia John, Yoko ia junto, inclusive na sala de controle e na mixagem durante as gravações da banda, tidas como sagradas, o que desagradava aos demais membros, principalmente Paul McCartney.

Entretanto, em meados dos anos 70, o casal passou um período separado, onde John teve um caso com sua assistente pessoal May Pang. Nessa época o ex-beatle fez grandes parcerias, como “Whatever Gets You Thru The Night” com Elton John e “Fame” com David Bowie, ambas chegaram ao topo das paradas da Billboard.

Porém, ocorreram tentativas de parceria que não deram certo, um exemplo foi com Paul Simon, do duo folk Simon & Garfunkel. Em uma publicação da Cheat Sheet, John o convidou para uma jam, mas quando ele chegou, ao encontrar seu anfitrião bêbado, ficou irritado.

E John também ficou irritado com Paul, porque ele estava se metendo muito na música, a ponto do ex-Beatle mandar que ele parasse de tocar ao mesmo tempo. Frustrado, Simon saiu da sala.

A sessão terminou com tanto o produtor quanto o convidado indo embora, após trocarem gritos. “John ficou irritado com o comportamento de Simon por ter percebido, talvez, que Paul Simon, ao contrário de todo mundo ao redor de John, era muito seguro de si para se deixar ser destratado por ele.” A informação foi dada por May Pang em seu livro Loving John.

No dia 1 de março de 1975, John Lennon e Yoko Ono compareceram na cerimônia da 17ª edição do Grammy Awards. Foi a primeira aparição do casal após reatarem o casamento. John comentaria: “achei que seria uma boa oportunidade para ‘matar dois coelhos com uma só cajadada’: mostrar que às vezes fico sóbrio e mostrar que estou de volta com a minha mulher”.

No mesmo evento, John esteve ao lado de Paul Simon e entregou um prêmio à cantora Roberta Flack. O álbum “Band On The Run” de Paul McCartney levou dois grammys: melhor performance vocal de grupo e melhor produção não-clássica. McCartney não estava presente no evento. Os Beatles ainda foram homenageados com um “Grammy Hall Of Fame Award”.

Convívio difícil com Yoko e conspiração dos fãs

Vale lembrar que a suposta intervenção de Yoko Ono na separação dos Beatles, anunciada em 1970, cria teorias da conspiração entre os fãs mais apaixonados até os dias atuais. A alegação, embasada cronologicamente no relacionamento do astro, aponta que o convívio dos músicos foi dificultado após a chegada dela.

Os conflitos, no entanto, não iniciaram com ela; o grupo já enfrentava brigas pessoais entre os membros sem a interferência da jovem – mas ela pôde somar no desentendimento. Porém, Yoko já chegou a ser defendida pelos próprios George Harrison e Paul McCartney, inocentando-a destas acusações.

“Ela certamente não acabou com o grupo, nós já estávamos fazendo isso. Quando Yoko apareceu, parte de sua atração era o seu lado vanguardista, sua percepção sobre as coisas. Assim ela mostrou a John uma outra maneira de ser, que era muito atraente para ele. Então, era hora de John sair. Ele definitivamente iria deixar os Beatles, de uma forma ou de outra”, disse Paul, sem esconder o convívio difícil com a intrusa.

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