Bono Vox descobre que primo é meio-irmão e agora quer mudar no U2
O cantor, filantropo, compositor e empresário irlandês Bono Vox, vocalista da banda U2, fez uma descoberta surpreendente. O vocalista expôs a descoberta feita por ele, em 2000, que seu primo era na verdade seu meio-irmão.
Segundo o NME, o músico relatou em sua autobiografia, que será lançada em novembro, que o economista Scott Rankin, também é seu meio-irmão. O pai do artista, Brendan Robert Hewson, teve um caso com uma tia chamada Barbara e da relação nasceu Scott. A mãe de Bono, Iris, que faleceu quando ele tinha apenas 14 anos, nunca soube a verdade.
“Eu devia saber que algo tinha acontecido, e eu devo ter responsabilizado meu pai por deixar minha mãe infeliz porque crianças simplesmente captam algumas coisas”, disse. O livro Surrender: 40 Songs, One Story tem lançamento previsto para 1º de novembro nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Em um trecho do livro, o cantor escreve que sempre sentiu que ele e Rankin eram irmãos. “A verdade é que com Scott, nos sentíamos irmãos muito antes de sabermos que éramos. Eu amo Scott e sua mãe, Barbara”.
O adeus ao pop: de volta às origens
Enquanto promovia sua nova autobiografia, o frontman do U2 disse que pretende lançar um disco de “puro Rock n’ Roll” com a banda. Em entrevista ao The New York Times, Vox falou sobre o desempenho comercial dos últimos trabalhos e justificou ainda que a banda não pode mais fazer grandes hits.
“Quis me ligar às paradas pop e falhei. […] Neste momento eu quero escrever a música de rock’n’ roll mais implacável, chocante, desafiadora e f*dam-se as músicas que fizemos e entraram para as paradas pop. Falei com The Edge (guitarrista) sobre isso essa semana. […] Podemos tornar as músicas famosas agora, mas não acho que o U2 possa torná-las hits.” – disse Vox.
Bono citou o trabalho de Mutt Lange como referência, que foi o responsável pela produção de discos como Hysteria do Def Leppard e Back in Black do AC/DC. Esta segunda, utilizada inclusive como inspiração para esta nova fase pelo próprio vocalista.
“Todo mundo comete erros. O vírus do Rock Progressivo entrou e nós precisávamos de uma vacina. A gente só poderia fazer essas coisas experimentais se tivéssemos composições excelentes (…) Agora precisamos trazer de volta o ‘poder de fogo’ do Rock. Queremos uma abordagem e uma disciplina parecida com a do AC/DC, é isso que queremos” – afirmou.
A banda está finalizando a produção de Songs of Ascent, disco feito para se conectar a No Line On the Horizon, de 2009. Entretanto, o vocalista informou que apesar do álbum ser incrível, existe a possibilidade do projeto ser engavetado, já que a prioridade é o trabalho na pegada roqueira.