Fenômeno da Netflix, a minissérie “Bebê Rena” (2024) pode dar bastante dor de cabeça para a vermelhinha. Fiona Harvey, inspiração por trás da “Martha”, a stalker que é mostrada na série, entrou com um processo contra o streaming, pedindo uma indenização de pelo menos US$ 170 milhões.
Registrado em um tribunal da Califórnia na última quinta (6), o processo alega “difamação, inflição proposital de estresse emocional, negligência e violações de seu direito de publicidade”, segundo a Variety. A advogada escocesa alega que a série conta “mentiras brutais” sobre ela.
“As mentiras que os réus contaram sobre Harvey para mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo incluem que Harvey é uma stalker condenada duas vezes que foi condenada a cinco anos de prisão, e que Harvey abusou sexualmente de Gadd”, afirma o processo. “Como resultado das mentiras, prevaricação e má conduta totalmente imprudente dos réus, a vida de Harvey foi arruinada. Simplesmente, Netflix e Gadd destruíram sua reputação, seu caráter e sua vida.”
A Variety procurou representantes da Netflix e de Richard Gadd para comentarem o processo, mas ainda não receberam resposta.
“Bebê Rena”
Criada e estrelada pelo escocês Richard Gadd, “Bebê Rena” conta a história de um comediante que passa a ser perseguido por uma mulher chamada Martha (Jessica Gunning) depois de ser gentil com ela. A divulgação da série revelou que ela era inspirada em experiências reais de Gadd, mas ele explicitou em entrevistas que a história não era um relato fiel de tudo que aconteceu. Inclusive, o criador da série contou em entrevista que a sua stalker não tinha sido presa na vida real.
Gadd também não divulgou o nome da sua stalker em entrevistas, mas internautas acabaram começando uma “caçada digital” em busca da tal Martha e encontraram Fiona Harvey, que relata ter recebido dezenas de ataques virtuais e até ameaças de morte por causa da série.
Depois de ser apontada pela web, Harvey acabou vindo à público para negar as histórias apresentadas na série.
Fonte: Variety.
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