Ao longo de seis temporadas, Família Soprano esteve no ar pela HBO e se consagrou como uma das melhores séries de todos os tempos – para muitos, a melhor. No entanto, isso não significa que a obra foi simples de gravar ou que seus temas fossem de fácil abordagem.
Em uma entrevista recente ao The Guardian, Michael Imperioli, intérprete de Christopher Moltisanti no programa, revelou quais foram as suas cenas mais difíceis de gravar. Segundo o ator, a violência dos mafiosos contra outros criminosos não foi tão árdua quanto as cenas de violência doméstica.
Em diversos episódios, seu personagem agrediu Adriana, sua esposa. Imperioli explicou que, para conseguir gravar estas cenas, sua cabeça precisava ir para um lugar bastante sombrio, à medida que mantinha o cuidado para não acertar a atriz.
Família Soprano: protagonista vivia vida similar na realidade
Família Soprano esteve no ar por oito anos, e teve em James Gandolfini sua figura central. O ator americano foi o responsável por interpretar Tony Soprano, icônico patriarca da família. Irreverente, carinhoso, maníaco e poderoso, o complexo protagonista é um mafioso de Nova Jersey responsável por organizar e chefiar as atividades da região.
Segundo o livro Tinderbox: HBO’s Ruthless Pursuit of New Frontiers, do jornalista James Andrew Miller, James Gandolfini vivia de forma bastante similar ao seu personagem. De acordo com a obra, alguns produtores temiam que o ator fosse falecer antes mesmo do encerramento do programa.
O artista abusava de álcool e drogas há anos, sem ter diminuído seu consumo com o avançar da idade. “Estávamos preocupados quanto a ele ficar vivo. Ocasionalmente, ele se embriagava ou usava muita cocaína. Tínhamos que interromper a produção”, disse Jeff Bewkes, antigo CEO da Time Warner (via New York Post).