Por volta de 23 horas do dia 8 de dezembro de 1980, John Lennon, músico que ganhou notoriedade mundial como vocalista e membro do grupo de rock britânico The Beatles, retornava com sua esposa Yoko Ono, de um estúdio de gravação.
Quando Lennon entrava em sua residência, o Edifício Dakota em Nova Iorque, um homem de 25 anos chamado Mark Chapman, que no fim da tarde do mesmo dia havia se encontrado com Lennon junto a fãs e conseguido um autógrafo de Lennon em uma capa do álbum do cantor chamado Double Fantasy, sacou um revólver e efetuou cinco disparos contra o músico.
O assassino de John Lennon disse em diversas ocasiões se sentir cada vez mais envergonhado pelo crime cometido por ele e que pensa no ex-beatle diariamente em seu período de reclusão em uma prisão de Nova York. Mais de 40 anos após a morte do músico, Chapman ainda pede desculpas à viúva, Yoko Ono.
Em uma audiência para a conquista da liberdade condicional, a 11ª negada, Chapman disse que assassinou o astro do rock de 40 anos pela “glória” e que, pelo que fez, merecia a pena de morte. Ele acrescentou que pensa naquele “ato desprezível” o tempo todo e aceita o fato de que pode passar o resto de sua vida na prisão.
Liberdade negada novamente e confissões chocantes
Em agosto de 2022, Chapman participou de um conselho judicial em Nova York para tentar garantir sua liberdade condicional pela 12ª vez. O pedido foi negado, mas, de acordo com uma transcrição divulgada ao Associated Press no dia 7 de novembro, Mark fez revelações chocantes sobre o motivo que o levou a tirar a vida do ex-beatle.
Na audiência, o assassino afirmou que buscava fama e que havia “mal em seu coração”. As autoridades citaram o “desrespeito egoísta de Chapman pela vida humana de consequências globais” e o assassino relatou que matar o músico foi sua “grande resposta para tudo”.
“Isso foi o mal em meu coração, eu queria ser alguém e nada iria me impedir”, disse Chapman. Condenado à prisão perpétua, hoje, aos 67 anos, Mark segue cumprindo a sentença no Green Haven Correctional Facility, em Nova York. Ele poderá apelar por uma nova tentativa de liberdade condicional em fevereiro de 2024.