A Netflix estreia em 10 de setembro a série “As Mortas”, produção mexicana inspirada em fatos reais e dirigida por Luis Estrada, conhecido por filmes de crítica social como La ley de Herodes e La dictadura perfecta. A série marca a estreia do cineasta na televisão e adapta o romance homônimo de Jorge Ibargüengoitia, trazendo à tela uma narrativa sombria sobre poder, corrupção e violência.
interpretando o capitão Bedoya, representando a corrupção institucional, e Alfonso Herrera no papel de Simón, figura central na trama das irmãs. Mauricio Isaac também integra o elenco em papel ainda não revelado.
Conheça a história real por trás de “As Mortas”
A história se passa no México das décadas de 1950 e 60 e acompanha as irmãs Serafina e Arcángela Baladro, que exploram falhas institucionais para montar um império de bordéis, explorando e aprisionando mulheres.
O que começa como um negócio, transforma-se em uma trama grotesca de crimes, ganância e assassinatos, refletindo a brutalidade de casos reais. A série se inspira nas ações das irmãs Gonzalez Valenzuela, conhecidas como “Las Poquianchis”, responsáveis por sequestros, prostituição forçada e homicídios em Guanajuato ao longo de décadas.
Apesar de mesclar elementos fictícios, a produção mantém fidelidade à essência dos acontecimentos históricos, destacando questões como violência de gênero, impunidade e desigualdade estrutural, temas ainda muito atuais. A narrativa combina sátira, tensão social e crítica, em um tom que dialoga com o estilo provocador de Estrada.
Luis Estrada considera este projeto como o mais ambicioso de sua carreira, idealizado desde os anos 1970. Com “As Mortas”, a Netflix aposta em conteúdo mexicano com relevância histórica e social, capaz de conquistar novas gerações e consolidar uma narrativa de suspense, crítica e estética cinematográfica para o streaming internacional.