O tecladista e fundador da banda RPM, Luiz Antônio Schiavon, morreu nesta quinta-feira (15), aos 64 anos, depois de lutar contra uma doença autoimune nos últimos quatro anos. Nas redes sociais, o ex-vocalista Paulo Ricardo homenageou o músico e relembrou os primeiros momentos que teve na banda, ao lado de Schiavon.
Apesar da declaração emocionante, aparentemente, o fato só ocorreu porque os fãs cobraram o cantor, já que os dois estavam sem se falar por conta de uma disputa judicial relacionada à marca que pertenceu ao grupo.
“Conheci Luiz Antônio Schiavon Pereira no verão de 79, num ensaio de um grupo cover de Deep Purple em São Paulo, cujo baterista havia sido indicação minha, meu compadre Lair. Ocorre que, no meio do ensaio, eles se desentenderam, divididos entre compor ou não em português. Perguntado, disse que me parecia normal cantar em português no Brasil, e ali a banda acabou!”, começou Paulo Ricardo na postagem do Instagram.
Mais detalhes da homenagem de Paulo Ricardo
Na mesma publicação, o cantor de “Olhar 43” também concluiu a homenagem revelando detalhes de como o RPM nasceu:
“O tecladista, então, me perguntou se eu faria uma letra para uma música dele e ali começou uma parceria que, algumas bandas depois, viria a se tornar o RPM! Entre milhões de fotos, escolhi esta de 1983, quando ainda éramos um duo nos moldes do Eurythmics (ideia que persistiu durante um bom tempo), foto de @rui_mendes_photographer para o livro ‘Revelações por Minuto’, de Marcelo Leite.”
“Nesta época, trabalhávamos diariamente no sobrado da casa dos pais de Schia, na rua Cardeal Arcoverde, em Pinheiros, no repertório que viria a ser nosso primeiro álbum, ‘Revoluções por Minuto’, sob os olhares de reprovação de sua mãe, que gostaria de vê-lo arquiteto e não gostava nada da má influência daquele moleque que dizia, ‘Dona Edméia, um dia a senhora ainda vai pendurar um disco de ouro na parede da sua sala!’. Foram muitos (discos de ouro), graças a Deus!”.