Escrita por Glória Perez, “O Clone” foi um dos maiores sucessos da Rede Globo. O primeiro capítulo foi ao ar no dia 1 de outubro de 2001 e o último no dia 14 de junho de 2002, com 221 capítulos. Protagonizado por Giovanna Antonelli (Jade) e Murilo Benício (Lucas Ferraz).
Na época em que foi exibida, a novela foi o único título brasileiro participante da seleção dos principais programas televisivos dos últimos 50 anos, de acordo com a The WIT, também foi considerada a melhor produção de 2001.
Um dos grandes destaques da trama foram as linhas temporais, contendo primeira e segunda fase. Na novela, Murilo Benício chegou a dar vida a três personagens: além de Lucas, interpretou o irmão gêmeo, Diogo, e seu clone, Leandro.
O elenco também contou com Juca de Oliveira, Stênio Garcia, Reginaldo Faria, Vera Fischer, Dalton Vigh e Daniela Escobar. A trama teve direção de Teresa Lampreia e Marcelo Travesso, além da direção geral de Mário Márcio Bandarra, Marcos Schechtman e Jayme Monjardim, também diretor de núcleo.
Curiosidades de O Clone
Giovanna Antonelli ganhou o papel de protagonista depois de ter se destacado na novela anterior “Laços de Família”, como Capitu. Porém, ela não tinha sido a primeira opção: Letícia Spiller e Ana Paulo Arósio foram sondadas para interpretar o papel de Jade. O mesmo ocorreu com Murilo Benício, que também não era prioridade, com Fábio Assunção e Eduardo Moscovis como primeiras opções para o papel.
Ambientada no Brasil e em Marrocos, os primeiros capítulos da novela foram gravados em cinco cidades marroquinas, alugando as ruínas, em Ouarzazate, o mercado de camelos de Marrakech, El Jadida e a cidade milenar de Medina de Fez.
Durante uma entrevista para a revista Quem, a autora Glória Perez falou sobre como foi buscar orientações e inspirações para a trama, viajando por vários locais da região do Oriente. Outro detalhe ressaltado pela escritora foi o cuidado para compreender melhor a religião muçulmana, um dos principais temas da novela.
“Fiquei 20 dias no Egito e também cerca de 20 no Marrocos, convivendo com pessoas típicas do local. Era isso o que eu queria buscar: o muçulmano médio. Fiz amizade com o guia que nos acompanhou na viagem e convivi muito com a família dele, com os amigos dele, de modo a poder observar os costumes, as maneiras, a forma como viam a si próprios e como nos viam também. Por outro lado, estive em diálogo constante com o sheik Jihad, que me presenteou com um Alcorão. Li o Alcorão e dali retirei os ensinamentos do progressista tio Ali (Stênio Garcia) e do fundamentalista tio Abdul (Sebastião Vasconcellos). Tivemos sempre o maior cuidado para não ferir suscetibilidades religiosas.”- relatou a autora.