O anúncio da visita de Andrea Bocelli ao Brasil em 2024 gerou grande interesse do público. Inicialmente, o tenor viria ao país para apenas um show, que será realizado no dia 26 de maio de 2024, em São Paulo. No entanto, com a alta procura, mais um show foi anunciado, desta vez na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Este segundo show anunciado acontecerá antes, no dia 17 de maio de 2024.
Porém, o que chamou a atenção das pessoas nas redes sociais foram os preços elevados dos ingressos. Os ingressos, que chegam a custar até R$ 4.620,00, foram amplamente comentados nas redes sociais. Os valores desanimaram a maioria dos fãs, transformando a empolgação inicial em um mero desejo.
A “piada”, no entanto, surgiu com o valor do ingresso denominado “Meia Jovem Baixa Renda”, que custa R$ 1.650,00. Não levou muito tempo para que os usuários do X (antigo Twitter) tirassem sarro do valor, diante da dificuldade que seria para um jovem de baixa renda adquirir um ingresso de quase 2 mil reais.
A designação de “baixa renda” para um valor de ingresso que é maior que o salário mínimo realmente parece absurda e destaca uma dissonância preocupante entre a realidade econômica da maioria dos brasileiros e a acessibilidade cultural. Esse episódio ressalta uma questão muito relevante: a exclusão cultural que as altas faixas de preço podem criar.
Talvez seja necessário repensar a política de preços em eventos culturais e encontrar maneiras de tornar a cultura mais acessível, garantindo que ela seja uma experiência que todos os cidadãos possam desfrutar, independentemente de sua renda.