Ao longo do último final de semana, o cantor Alice Cooper teve sua parceria com a empresa de cosméticos Vampyre Cosmetics cancelada após falas consideradas transfóbicas. O dono de hits como School’s Out e Poison concedeu declarações polêmicas à Stereogum, afirmando que achava o discurso em torno das políticas de gênero algo absurdo.
Em um comunicado, a empresa explicou que o cancelamento da colaboração foi devido aos comentários de Cooper. “Em virtude dos comentários de Alice Cooper, nós não estaremos mais fazendo nossa linha de maquiagens colaborativas. Nós estamos ao lado de todos os membros da comunidade LGBTQIA+ e acreditamos que todos devem ter acesso à saúde básica. Todos os pedidos de pré-venda serão reembolsados”, afirmou a Vampyre Cosmetics.
Alice Cooper tem falas transfóbicas
Em entrevista à Stereogum, Alice Cooper decidiu fazer alguns comentários sobre o estado das políticas de gênero nos Estados Unidos. O assunto está em alta no país, e diversos políticos lutam contra os tratamentos médicos de afirmação de gênero, como aconteceu nos estados da Geórgia e Tennessee ao proibir as intervenções médicas com menores de idade.
“Entendo que existam casos de transexuais, mas temo que também seja uma moda passageira, que haja muita gente afirmando ser isso só porque quer ser. Você tem um filho de seis anos que não tem ideia. Ele só quer brincar, e você o confunde dizendo: ‘Sim, você é um menino, mas pode ser uma menina se quiser ser’. Eu acho que isso é tão confuso para uma criança. É confuso até para um adolescente. Você ainda está tentando encontrar sua identidade, mas aqui está uma coisa acontecendo, dizendo: ‘Sim, mas você pode ser o que quiser; você pode ser um gato, se você quiser’. Quero dizer, se você se identifica como uma árvore… E eu digo: ‘Onde é que estamos, em um romance de Kurt Vonnegut?’ É tão absurdo, que agora chegou ao bizarro.”
O músico ainda afirmou que não concorda com a agenda da cultura woke, afirmando que há uma articulação centralizada das coisas:
“A coisa toda da cultura woke… Ninguém pode responder a essa pergunta. Talvez você possa. Quem está ditando as regras? Existe algum prédio em algum lugar de Nova York onde as pessoas se sentam todos os dias e dizem: ‘Ok, não podemos dizer ‘mãe’ agora, temos que dizer ‘pessoa que dá à luz’, divulgue isso agora mesmo’. Quem é essa pessoa que está fazendo essas regras? Eu não entendo. Não estou sendo antiquado, estou sendo lógico sobre isso.”