Em preparação para Oppenheimer, Christopher Nolan concedeu uma série de entrevistas para os mais variados norte-americanos e internacionais. No entanto, o que surpreendeu o público foi que o cineasta trouxe à tona outra produção de sua autoria: A Origem.
Durante uma entrevista ao portal Wired, Nolan explicou que Oppenheimer está mais próximo de A Origem do que os espectadores poderiam esperar. A relação entre ambas produções está justamente nos “sentimentos complexos” e em uma suposta visão niilista impregnada em cada trama.
“O final de A Origem é exatamente esse. Há uma visão niilista desse desfecho, mas [Cobb] seguiu em frente e está com seus filhos. A ambiguidade não é emocional. É uma ambiguidade intelectual voltada para o público. Curiosamente, acredito que há uma relação interessante entre os finais de A Origem e Oppenheimer que vale a pena explorar. Oppenheimer tem um final complicado. Sentimentos complexos.”
O diretor havia falado sobre o final de A Origem recentemente durante sua participação no podcast Happy Sad Confused, afirmando que os espectadores costumam abordar o desfecho do longa de 2010 de maneira equivocada. Na visão do cineasta, o protagonista interpretado por Leonardo DiCaprio simplesmente não se importa se aquela é a realidade ou um sonho.
Oppenheimer: saiba mais sobre o filme
No novo filme de Christopher Nolan, acompanhamos a formação e vida de J. Robert Oppenheimer, aclamado até hoje como o pai da bomba atômica. A trama inicia-se ainda na década de 1930, com o físico estudando mecânica quântica na Europa.
Após trazer seus conhecimentos para os Estados Unidos, um átomo é dividido pela primeira vez, e Oppenheimer é incumbido de transformar esse feito em uma arma mortal antes que os nazistas consigam criar sua própria bomba.
O papel principal é de Cillian Murphy, amplamente elogiado por sua rendição de Oppenheimer. Ao seu lado estão Matt Damon, Emily Blunt, Robert Downey Jr., Florence Pugh, Rami Malek, Casey Affleck, Jack Quaid e muitos outros.