Lançado na Netflix na semana passada, o terror “A Libertação” é o filme mais visto do streaming no mundo atualmente. Do mesmo diretor de “Preciosa: Uma História de Esperança” (2009), o longa retira inspiração de uma história real.
“Ebony Jackson é uma mãe solo que enfrenta muitos problemas e resolve se mudar com a família para tentar recomeçar a vida. No entanto, situações estranhas acontecem na casa nova a ponto de levantar as suspeitas do Serviço de Proteção de Menores e ameaçar separar a família. Ela logo se vê presa em uma batalha de vida ou morte para salvar a alma dos filhos” (sinopse da Netflix).
Dirigido por Lee Daniels, o filme conta com Andra Day (“Ben-Hur”), Glenn Close (“Os 101 Dálmatas”), Anthony B. Jenkins (“Um Homem da Flórida”), Caleb McLaughlin (“Stranger Things”) e Mo’Nique (“Preciosa”).
A história real por trás de “A Libertação”
Em novembro de 2011, Latoya Ammons se mudou a mãe, Rosa Campbell, e com seus três filhos para uma casa alugada em Gary, no estado de Indiana, EUA. Pouco depois, Ammons e sua mãe relataram ter ouvido passos no porão durante a noite e o som da porta entre o porão e a cozinha se abrindo. Uma noite, Campbell conta que viu uma figura sombria de um homem na sala e depois descobriu pegadas molhadas no chão.
Mas as coisas foram ficando mais estranhas, de acordo com Ammons. Ela conta que seus filhos levitavam acima da camas, eram “jogados” e falavam em vozes sobrenaturalmente graves. Ammons e sua mãe procuraram ajuda das igrejas locais, mas não conseguiram uma ajuda significativa. Depois disso, ela seguiu o conselho de uma clarividente e colocou um altar no porão com uma imagem de Maria, José e Jesus e uma bíblia aberta em uma passagem específica, além de queimar sálvia e enxofre pela casa.
Os três dias seguintes foram tranquilos, mas as coisas pioraram depois disso. A história que a família conta é que a mãe e as crianças foram possuídas por demônios. Em 2012, eles procuraram o médico da família, Geoffrey Onyeukwu, que disse que a situação era “bizarra”. Em suas anotações, ele escreveu “ilusões de fantasmas em casa”, “alucinações” e “ilusão”.
Latoya Ammons acabou se tornando suspeita de agredir os filhos e o caso foi investigado pelo Indiana Department of Child Services (DCS). A responsável pelo caso, Valerie Washington, afirmou em seu relatório que o hospital tinha examinado Ammons e as crianças e que elas estavam saudáveis e que a mãe estava sã. O DCS acabou tirando a guarda das crianças de Ammons.
Um capelão do hospital acabou contatando um padre chamado Michael Maginot, que realizou três exorcismos sob Ammons e abençoou a nova casa dela em Indianapolis. Ela conseguiu ganhar de volta a guarda dos seus filhos em novembro de 2012. Em relatório do DCS de janeiro de 2013, foi dito que ela e seus filhos tinham “feito progresso” e “não tinham tido mais experiências na nova casa”.
A casa onde os eventos sobrenaturais teriam acontecido acabou sendo comprada por US$ 35 mil e a proprietária atual chamou a polícia para reclamar de jornalistas e fotógrafos no local, além de ter se negado a dar entrevistas.
Fonte: Forbes.
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