Na última sexta-feira (15), a Netflix lançou a animação “A Fuga das Galinhas: A Ameaça Nuggets”, trazendo a sequência direta do primeiro filme de 2000. Há 23 anos atrás, o filme produzido pela Aardman foi um sucesso de bilheteria e arrecadou cerca de US$ 225 milhões, e até hoje, é um dos filmes de animação stop-motion de maior bilheteria de todos os tempos.
Quem é fã da produção, deve ter se perguntado o motivo da demora de tantos anos para o lançamento da continuação e alguns pontos precisam ser levantados para responder essa questão. Um deles, é o uso da técnica de stop-motion, que demanda muito trabalho dos animados da Aardman, de criar cada movimento dos personagens e do cenário.
Sobre esse assunto, o supervisor da animação Ian Whitlock (que também atuou como animador principal no filme original), revelou que o estúdio precisava de um alto investimento, para produzir a sequência, e por isso, demorou para que isso acontecesse.
Mais detalhes de “A Fuga das Galinhas 2”
Outro detalhes destacado por Whitlock, é que diferente do primeiro filme, o segundo teve uma expansão de território, fazendo com que o trabalho da criação dobrasse, assim como o cuidado com todos os detalhes. Em uma entrevista via Netflix, o supervisor falou que para criar a ilha em que as galinhas viviam “levou mais de seis meses para ser concluída, desde o briefing inicial até a preparação e filmagem.”
Apesar desses problemas, o diretor da trama Sam Fell comentou em uma entrevista para ComicBook.com, que mesmo com as dificuldades que o stop-motion exige, está mais fácil criar a produção 23 anos depois, por conta da tecnologia:
“Com as câmeras digitais agora, você pode ver o trabalho imediatamente; mas com o filme, você tinha que enviá-lo para o laboratório e recebê-lo de volta no dia seguinte”, disse o cineasta. “Então, é realmente como qualquer tipo de estúdio digital agora com stop-motion, é como se você pudesse fazer escalas, você pudesse compor coisas. Você usa telas verdes, você pode criar um filme de escopo maior, sabe? É mais fácil criar escala, o que precisávamos para fazer porque essa era a história que exigia isso”.