Roger Waters pode ser preso após encontro com Lula? Ministro comentou
Resposta rápida: provavelmente não. Roger Waters, um dos fundadores da banda Pink Floyd, já está em solo brasileiro para os sete shows da sua turnê “This is Not a Drill” (“Isso Não é uma Simulação”). O cantor até visitou o Palácio do Planalto, onde se encontrou com o presidente Lula na última segunda (23), mas isso não quer dizer que o britânico esteja 100% livre de ter problemas com a Justiça brasileira.
Roger Waters foi acusado de antissemitismo e apologia ao nazismo
O britânico gerou polêmica em maio ao se apresentar com uma fantasia de couro semelhante aos uniformes nazistas de uma milícia que apoiava o ditador Adolf Hitler. Segundo o cantor, isso foi parte de uma crítica ao fascismo, e não de um apoio ao nazismo.
Mesmo assim, a atitude gerou muita controvérsia. A Confederação Israelita do Brasil (Conib) e o Instituto Memorial do Holocausto (IMH) chegaram a fazer um pedido para que o governo impedisse a entrada e apresentação do artista no país, segundo o Correio Braziliense.
Em maio, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que eles não poderiam fazer uma “censura prévia” ao show de Waters, mas que a pasta tomaria medidas para combater qualquer tipo de apologia ao nazismo.
“No Brasil, é crime, sujeito inclusive à prisão em flagrante: 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”, explicou o ministro em uma postagem nas redes sociais. “Friso o que está na norma penal: “para fins de divulgação do nazismo”, o que OBVIAMENTE exige análise caso a caso“.
“O uso de símbolos nazistas, especialmente as suásticas, de fato, representa uma infração, e isso pode provocar problemas para o artista. Entretanto, o que precisa ficar expresso é se Roger na apresentação está utilizando o símbolo efetivamente para fazer propaganda nazista ou se é uma critica ao nazismo”, explicou o advogado Nauê Bernardo Pinheiro, em uma entrevista ao Correio Braziliense.
Na época da polêmica, a equipe do cantor enviou um comunicado à imprensa em que o músico se defende as acusações de antissemitismo por usar o uniforme, dizendo que os elementos usados na apresentação são uma forma dele se opor ao fascismo, ao nazismo e à injustiça. De acordo com Roger Waters, as críticas que estariam “distorcendo” sua apresentação seriam de pessoas que queriam caluniá-lo e silenciá-lo por causa de suas opiniões políticas.
Fonte: Correio Braziliense e Estado de Minas.
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