A Paixão de Cristo, lançado em 2004 e dirigido por Mel Gibson, representa uma das mais consagradas representações cinematográficas do sacrifício de Jesus Cristo. Tornou-se um clássico da programação televisiva de Páscoa, ainda assim, não está isento de polêmicas. À frente do épico bíblico estava o ator americano Jim Caviezel, que interpretou o papel de Jesus Cristo.
Ao abraçar o papel, Caviezel sofreu uma verdadeira provação, marcada por intensa preparação e várias lesões físicas durante as filmagens. Ainda assim, persistiu no papel, demonstrando um compromisso ardente com a representação autêntica da experiência de Cristo.
Assumir o papel de Jesus Cristo não foi tarefa fácil para Caviezel. Para adequar-se ao papel, aprendeu aramaico, latim e hebraico. Durante as filmagens, deslocou o ombro ao carregar uma cruz, foi esfaqueado, experimentou dores de cabeça severas, hipotermia e pneumonia. Em um evento de natureza quase simbólica, Caviezel foi até mesmo atingido por um raio durante as filmagens, mas escapou ileso.
‘A Paixão de Cristo’: violência excessiva ou realismo necessário?
O filme é conhecido por sua representação explícita e dolorosa da crucificação de Jesus. Esta abordagem causou divisão entre os críticos e o público. Enquanto alguns acreditam que a violência gráfica fornece uma representação realista dos sofrimentos de Cristo, outros argumentam que isso retira a atenção da mensagem central sobre o sacrifício divino.
A representação dos judeus no filme tem sido fonte de controvérsia. Muitos argumentam que o filme retrata injustamente os judeus como sendo integralmente responsáveis pelo sofrimento e crucificação de Jesus. Esta interpretação levou a pedidos de boicote ao filme por parte de alguns grupos judaicos que acreditavam que o filme poderia incitar hostilidade contra os judeus. Gibson, o diretor, defendeu-se dessas alegações, alegando que estava apenas tentando “contar a verdade”.
Embora esse filme continue a ser uma das mais populares adaptações da história da crucificação de Cristo, também permanece como um dos mais controversos. Independentemente de quais sejam suas opiniões, uma coisa é certa: ‘A Paixão de Cristo’ continua a causar um impacto considerável, quase duas décadas após seu lançamento inicial.