Os serviços de streaming estão cada vez mais investindo em documentários e produções de True Crime, ou seja, trazendo casos reais que aconteceram no mundo. Com o aumento de interesse sobre esses assuntos, a HBO Max lançou a série documental “Não conte a Ninguém”, que conta sobre um assassinato que ocorreu na Espanha.
O caso foi em setembro de 2016, quando um assassinato de uma família ficou conhecido como Chacina de Pioz. Contendo cinco episódios, com um pouco mais de 40 minutos cada, a minissérie reconta como uma família brasileira foi encontrada morta em um povoado espanhol, mostrando um grupo de jovens no Brasil que enfrentou a incerteza de falar o que sabia.
Mais informações de “Não conte a Ninguém”
A série documental chegou à plataforma há uma semana e está em primeiro lugar do Top 10 da HBO Max. Para compor a produção, foram usadas imagens da imprensa e entrevistas exclusivas com o jovem absolvido do crime. Além dele, também há falas dos amigos dele e do acusado, dos familiares e advogados do caso.
Apesar de ter um envolvimento brasileiro, a série é espanhola e foi desenvolvida originalmente pela plataforma Atresplayer e comprada pela HBO Max. Para a sua produção, contou com uma equipe mista da Espanha e do Brasil, formada por Raquel Hernández Morán, Patrícia Zaidan e Paula López Barba. A série foi dirigida por Juan Carlos Arroyo, com produção executiva de Luz Aldama e Teresa Latorre.
Entenda mais sobre a Chacina de Pioz
Em 2016, quatro paraibanos foram encontrados mortos, um mês após o assassinato. Os corpos só foram descobertos depois que um vizinho sentiu um forte odor quando estava saindo de casa. Os corpos estavam em sacolas, dentro da casa alugada pela família. As vítimas eram Marcos Nogueira, sua esposa, Janaína Américo, e duas crianças de 1 e 4 anos.
Naturais de João Pessoa, os brasileiros tinham se mudado para a Espanha quando Marcos, o patriarca da família, recebeu uma proposta de emprego. Como a família demorava para dar notícias para quem estava no Brasil, o crime demorou para ser descoberto. Na época, François Patrick Nogueira Gouveia, sobrinho de Marcos Nogueira, foi dado como único suspeito do crime, depois de terem encontrado seu material genético no local.
Porém, na Paraíba, a Polícia Civil apontou outro suspeito: Marvin Henriques Correia. Ele tinha 18 anos na época e foi envolvido no caso após terem encontrado mensagens “incentivando” Patrick a matar Marcos e dando “dicas de como esconder os corpos”.