Anticristo é um filme de Lars von Trier do ano de 2008, que mostra um cenário terrivelmente dramático e faz o telespectador levantar grandes questões sobre a humanidade e sobre efeitos psicológicos causados por tragédias, uma obra profunda e mal recebida pela crítica, que mostra um ateísmo de Lars juntamente com uma depressão do mesmo, ele foi incluído na nossa lista de 5 filmes mais polêmicos da história.
Anticristo (2008)
Sinopse de Anticristo: Um casal, após a morte acidental do filho, retira-se para uma cabana nos bosques, para que o marido terapeuta possa tratar a sua mulher, que ficou psicologicamente devastada com o acontecimento. Mas a estadia na cabana vai ser tudo menos pacífica.
O filme é algo muito curioso na carreira de Lars, com personagens que sequer falam seus nomes durante o desenrolar da história e em nenhum momento isto foi revelado, muita polêmica, sexo, mutilações e é isso que ele proporciona, além de uma grande história de drama psicológico que faz você buscar respostas no fundo de seu intelecto e um final tão sádico que eleva seus pensamentos sobre o que o ser humano é capaz de fazer.
Comentário sobre Anticristo:
O filme começa com um clima que irá manter por todo o resto e talvez seja uma das contestações a obra, por mantê-lo constate durante todo o tempo, sendo o clima em questão de dor, luto, depressão, um drama extremamente forte, mostrando basicamente o sofrimento de uma mãe que perde seu filho e fica sofrendo muito e o pai (Willem Dafoe) tentando confortá-la usando de suas habilidades como terapeuta.
Parece que o pai não sofre e vive só para a constante análise de sua mulher, parecendo que passou a ter atração por ela somente após a mesma virar paciente.
O apelo sexual do filme é evidente desde seu começo, desde as cenas confusas porem explicativas iniciais e do desenvolvimento, tornando a obra complexa e genial para os olhos de alguns e completamente desastrosas na visão de outros.
O ambiente se torna cansativo em muitas vezes, mas é claro que existe um proposito por trás da obra, uma complexa analogia sobre a não existência de Deus, sobre como o sofrimento humano é solitário, doloroso e triste, sendo que o próprio diretor do filme Lars von Trier já se declarou ateu e disse que o objetivo da obra é mostrar a visão que tem de deus, usando justamente o sofrimento como base.
A ideia de Lars tem embasamento e tem sim uma boa história, mas talvez tenha se tornado algo exagerado mas que não pode ser contestado justamente por ser algo típico dele, a obra tem de ser compreendida e sim, seu objetivo aparente foi alcançado, chocou, polemizou e sobretudo mostrou um pouco do que se passa na cabeça deste ora genial ora exageradamente polêmico diretor.
Dentro do filme existe uma divisão em capítulos, mostrando etapas do sofrimento e uma visão quase que doentia da vida, com um desenvolvimento solitário do casal durante as cenas, com cortes de câmeras semelhantes a documentários em alguns momentos.
As atuações individualmente são interessantes e peculiares, com uma dificuldade clara que é atuar em um filme com um roteiro deste tipo.
Falando em roteiro, o deste filme é bom, com Lars falando sobre este ser o maior filme de sua carreira e sim, tem tudo pra ter sido, mas com certeza, sem sobra de dúvidas é o mais profundo já feito pelo diretor, retratando a dor do sofrimento humano e da tentativa de superação em sua essência.
Por fim o filme consegue uma pequena mudança, de drama psicológico passa a um drama sádico, onde a mais pura dor e loucura vem a tona.
É um filme recomendável para quem deseja ver um pouco além de cinema, quer ver uma reflexão de uma longa depressão sofrida por um diretor, porem dentro de um filme que em um todo decepcionou, enfim, se deseja entrar em uma profunda análise cinéfila assista, caso contrário não é recomendável. (Leonardo Caprara)
Filme ruim muito ruim, horrível, quer perder tempo e dinheiro?
Assista!
Gosto mt do Lars, mas nao gostei desse filme. O melhor filme dele não é esse, é Dogville.
Concordo plenamente. Dogville é supremo, mas achei Anticristo interessante. Confesso que praticamente não vi o final, já q fiquei com os olhos fechados o tempo todo, mas o filme tem todo um simbolismo por trás e uma mensagem (apesar de não concordar) interessante, sem falar da fotografia q é sempre bela. Não digo que gostei, porque não foi o caso, contudo se não houvesse uma violência tão perturbadora seria sim um filme melhor.
Não vou dizer que é um filme ruim, mas não é pra qualquer um, e isso me inclui.