Robert Oppenheimer se arrependeu? “Eu me tornei a morte”

O filme “Oppenheimer“, uma das produções mais esperadas do ano, finalmente chegou aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (20). O longa conta a história real de J. Robert Oppenheimer, conhecido como o “pai da bomba atômica”, uma figura da história real. O filme é baseado na biografia “Oppenheimer: O triunfo e a tragédia do Prometeu americano”, de Kai Bird e Martin J. Sherwin.

Dirigido por Christopher Nolan (A Origem), o longa conta com Cillian Murphy (Peaky Blinders) no papel principal. O elenco estelar ainda conta com nomes como Robert Downey Jr. (Homem de Ferro), Emily Blunt (Um Lugar Silencioso), Florence Pugh (Midsommar) e Matt Damon (Interestelar).

Oppenheimer se arrependeu na vida real?

(via National Geographic)

O físico tornou-se mundialmente conhecido por ser o diretor do Projeto Manhattan, responsável pela criação da bomba atômica na Segunda Guerra Mundial. Após a criação da bomba nuclear, muitos cientistas que participaram do projeto se mostraram relutantes quanto ao uso do item, principalmente contra a população civil.

“Posteriormente, entre 1947 e 1952, Oppenheimer passou a ocupar o cargo de presidente do Comité de Assessoria Geral (GAC) da Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos da América (AEC), no qual se opôs ao desenvolvimento da bomba de hidrogênio.” (via National Geographic).

No início e no contexto da guerra, Oppenheimer era a favor do desenvolvimento da arma, que muitos dos cientistas acreditavam ser uma necessidade dos EUA e da Europa desenvolverem a bomba antes dos nazistas. Porém, alguns meses depois, em uma entrevista com o presente Harry S. Truman, Oppenheimer declarou que tinha “as mãos manchadas de sangue”.

Mas a frase mais famosa relacionada ao cientista é “agora eu me tornei a morte, o destruidor dos mundos”. O trecho é do Bhagavad-Gita, um texto sagrado hindu e o cientista falou que se lembrou do texto enquanto via o primeiro teste de arma nuclear, a Experiência Trinity, realizada no dia 16 de julho de 1945.

Nos anos seguintes, durante a Guerra Fria, o físico foi muito perseguido politicamente por supostas ligações com o comunismo e o diretor do FBI J. Edgar Hoover acusou ele de ser uma ameaça aos EUA. “A sua perseguição é hoje considerada uma caça às bruxas e a grande maioria dos historiadores considera Oppenheimer um liberal heterodoxo injustamente atacado.” (via National Geographic).

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