E se o filme da Barbie… for péssimo?

Como eu já escrevi algumas dezenas de vezes nos últimos meses, Barbie é um dos filmes mais aguardados do ano. O projeto que passou anos empacado em Hollywood finalmente chega às telonas brasileiras nesta quinta (20). Mas e se, depois de toda essa empolgação, o filme da Barbie for péssimo?

Até o momento, as avaliações da crítica especializada sobre o filme têm sido geralmente positivas, mas também já surgiram opiniões negativas. O New York Post, por exemplo, deu uma estrela (o total são quatro) ao filme. O crítico Johnny Oleksinski afirmou que o longa é “uma decepção exaustiva, espástica, egocêntrica e excessivamente elaborada”. Uma facada no coração de quem já estava declarando (equivocadamente, porque ainda nem tinha visto o filme) que a produção seria a melhor do ano.
No geral, parece que o filme vai ser bom, levando em conta não apenas a maioria das avaliações, mas o histórico da equipe envolvida.

A diretora Greta Gerwig tem apenas três produções como diretora até então: Nights and Weekends (2008), Lady Bird: A Hora de Voar (2017) e Adoráveis Mulheres (2019). O currículo é pequeno, mas impressionante com todos os filmes tendo sido elogiados pela crítica. Lady Bird rendeu à Gerwig sua primeira e até então única indicação ao Oscar de Melhor Direção. O roteirista, Noah Baumbach, marido de Gerwig, que co-escreveu o roteiro com ela, também fez produções elogiadas, como História de um Casamento (2019) e Frances Ha (2012).

O elenco estelar é comandado por Margot Robbie (Eu, Tonya) e Ryan Gosling (Dois Caras Legais), dois atores talentosos e queridos por boa parte do público. Mesmo assim, tudo isso não impede que o filme acabe sendo ruim. Talvez não para todo mundo, mas para mim, para você ou para o crítico que você acompanha. Então, eu volto com a pergunta:

E se Barbie for ruim?

Obviamente, vamos superar. Expectativas no cinema são sempre perigosas. Não entre com o seu uniforme rosa esperando ver o melhor filme de todos os tempos. Assista com o coração aberto o que filme se propor a ser, não o que você imaginou que ele seria.

E ainda que você não goste da produção, isso não apaga a diversão que foi a espera desse filme. Uma expectativa fervilhante, que colocou a Barbie no Instagram de todo mundo, no metrô da linha 4-amarela em São Paulo, nas lojas que venderam muita roupa rosa e até em caixas de pizza.

Criamos memes, combinamos de ir ver o filme de rosa e o Barbieheimer (shipp dos filmes Barbie e Oppenheimer) foi sentido até nas vendas dos ingressos de sessão dupla.

Se Barbie for ruim, criaremos uma nova experiência coletiva de odiarmos a produção pelos próximos meses (quem sabe até anos), para que a próxima geração possa dizer que entendemos o filme errado e que ele era genial o tempo todo.

Mas nada disso aconteceu por enquanto. Pode ser que Barbie seja incrível. Eu sei que estarei lá, no escuro da sala do cinema, com alguma peça rosa que encontrar no meu guarda-roupa, preparada para embarcar na Barbielândia por algumas horas.

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