Nesta quinta-feira, dia 29, a história trágica de Eric Clapton voltou a ser um dos assuntos mais falados ao redor do mundo. O músico, que perdeu seu filho na década de 90, entrou em contato com um designer brasileiro para ter um novo retrato atualizado utilizando inteligência artificial.
A década de 80 foi conturbada para Eric Clapton. O astro lidava com alcoolismo e com sua dependência química. Seu casamento com Pattie Boyd andava nas piores devido às suas constante traições e a dificuldade de Boyd ter filhos.
Em 1985, o astro teve uma filha com Yvonne Kelly, uma de suas amantes, mas não teve contato algum com a menina até esta ter completado seis anos. No entanto, foi a gravidez da a modelo italiana Lory Del Santo que sacramentou o divórcio de Clapton e Boyd.
Assim, nasceu Conor. Abandonado pela esposa, o músico manteve seus vícios e teve pouco contato com o menino. No entanto, tudo mudou em 1990, quando seu amigo e colega de profissão Stevie Ray Vaughan faleceu em um acidente de helicóptero com outros três músicos da sua equipe.
Eric Clapton abandonou o álcool e as drogas, ganhando um novo apreço à vida e decidiu ter mais contato com Conor. Assim, entrou em contato com Lory Del Santo e passou a interagir com seu filho.
Entenda a tragédia com filho de Eric Clapton
Em março de 1991, Eric Clapton combinou com Del Santo e convidou os dois para irem a Nova York. Foi nessa viagem que o músico teve seus primeiros momentos exclusivos com o filho, levando-o para o circo.
“Eles realmente curtiram muito,” revelou Lory Del Santo a BBC News. “Quando Eric voltou, me olhou e disse que finalmente entendia o que significava ter um filho e ser pai. Estava muito feliz. Era a primeira vez que passava algumas horas sozinho com nosso filho. Conor, por sua vez, estava muito emocionado pelo dia tão maravilhoso que havia passado com o pai.”
No entanto, os planos da família foram interrompidos no dia seguinte. Del Santo e Clapton combinaram de ir ao zoológico da cidade pela manhã. Enquanto a mulher estava se arrumando no banheiro, Conor ficou brincando no quarto com sua babá.
Os presentes sabiam que os vidros estava abertos devido a uma limpeza no hotel e a babá estava cuidando de Conor. No entanto, o menino correu naquela direção e caiu da janela, localizada no 53º andar de um hotel.
“Escutei um grito de aflição que não era de Conor. Era da babá,” relatou Del Santo na mesma entrevista. “Corri ao quarto gritando de forma histérica. ‘Onde está Conor? Onde está Conor?’ Vi, então, a janela aberta e entendi o que tinha acontecido. Senti que perdia as forças e desmaiei.”
No documentário Eric Clapton: A Life in 12 Bars, o músico explicou sua cabeça com a perda de seu filho, descrito por ele como “a primeira coisa na minha vida que realmente tocou meu coração.” Segundo Clapton, a composição de Tears in Heaven, feita em homenagem a Conor, aconteceu nove meses depois de sua morte, enquanto abria cartas de fãs.
“Comecei a abrir as cartas de condolências, eram milhares, e no meio delas havia uma de Conor: ‘Te amo, quero te ver de novo. Um beijo’. Nesse momento, vi que eu podia passar por aquilo sem beber, poderia fazer qualquer coisa. Fui consciente de que podia fazer dessa tragédia algo positivo e dediquei minha vida a honrar meu filho. Peguei uma guitarra e a toquei sem parar durante meses para tentar enfrentar a situação. A música me salvou, levou a dor… Escrevi Tears in Heaven para mim porque me sentia terrivelmente mal.”