Um dos filmes mais influentes e polêmicos da história do terror, Holocausto Canibal chegou a ser motivo de prisão. Devido à realidade impressa nas cenas, o diretor Ruggero Deodato foi preso pela suspeita de ter matado atores durante a produção.
Os efeitos realistas fizeram a mídia acusar o diretor de ter feito um filme snuff, com mortes verdadeiras. Deodato ficou preso por quatro meses e só foi inocentado das acusações ao mostrar o elenco vivo esclarecer como cada cena havia sido feito.
Em determinada cena de emapalamento, por exemplo, o diretor anexou um assento de bicicleta ao final de um poste para que a atriz pudesse parecer alçada. Ainda assim, acredita-se que seis animais tenham sido mortos durante as filmagens.
Holocausto Canibal e sua influência no cinema
O uso de gore e, principalmente, do found footage em Holocausto Canibal foram considerados precursores e extremamente influentes, sendo incorporados em diversas obras de terror durante as próximas décadas.
Daniel Myrick e Eduardo Sánchez, diretores de A Bruxa de Blair, creditam o filme italiano como principal fonte para utilizar o estilo de filmagem. Outros diretores, como Quentin Tarantino, Eli Roth e Oliver Stone, destacam a influência de Deodato no cinema. O diretor italiano faleceu ao final de 2022, no dia 29 de dezembro.