O músico Rogério Skylab não é nem um pouco convencional em suas composições. Além de cantar sobre câncer em orifícios, prazer próprio e até mesmo sobre Fátima Bernardes, o músico revelou em uma entrevista que uma de suas inspirações é ninguém menos que Zé do Caixão.
Em 1998, Skylab foi entrevistado por Jô Soares no programa Jô Soares Onze e Meia e falou sobre as influências trash em seu mais novo projeto da época, o álbum Skylab. O músico citou que havia assistido A Meia-Noite Levarei Tua Alma, clássico de Zé do Caixão da década de 60.
“Eu gosto mesmo daquela parte que ele é mau. Tem uma hora que o cara tá com a mão na mesa e ela pega a garrafa cortada ao meio e bate: ‘tá!’ E eu gostei do que o cara falou. Ele fala então, com a mão toda ensanguentada: ‘Ai, Zé'”, disse Skylab, arrancando risos da plateia.
Jô Soares então relembrou a cena em que Zé do Caixão causa grande alvoroço ao comer carne na Sexta-Feira Santa. “Eu tenho várias música aí que falo disso”, comentou Skylab. “A última música do álbum eu acho que é uma coisa assim… Carne Humana… Acho que o Zé do Caixão me inspirou legal.”
Zé do Caixão: relembre a história do personagem
Ícone do terror, Zé do Caixão fez do Brasil uma referência no gênero. Conhecido internacionalmente como Coffin Joe, o personagem começou sua saga fúnebre em 1964, com À Meia-Noite Levarei Sua Alma. Desde então, sua figura ficou tão famosa que Zé do Caixão deixou de ser apenas um personagem, tornando-se sinônimo de seu criador, José Mojica Marins.
O longa conta a história de um coveiro que não é bem visto em sua cidade. Quando chega a época de festividades da Sexta-Feira Santa, o personagem chega até mesmo a disparar: “Hoje eu como carne, nem que seja de gente!”