Netflix teve que remover cenas de Stranger Things
A primeira temporada de “Stranger Things“, série que se passa nos anos 80, mostra diversos personagens adultos fumando o tempo todo, algo comum para a época, basta conferir os clássicos da década. Porém, a Netflix teve que remover essas cenas e terminar com as referências a cigarro nas próximas temporadas.
Isso aconteceu porque a plataforma foi criticada por uma organização antitabagismo. Um estudo da Truth Initiative revelou que as séries da Netflix tinham uma quantidade preocupante de cenas com cigarro. Stranger Things foi a “campeã” da lista, que ainda contou com “The Walking Dead”, “Orange is the New Black” e “House of Cards”.
A pesquisa analisou cenas de 14 séries populares em suas temporadas 2015/2016 entre o público de 15 a 24 anos. As cenas de séries da Netflix registraram 319 com tabaco contra 139 das outras produções.
“Enquanto todos estavam assistindo, mas ninguém estava prestando atenção, experimentamos um penetrante retorno das imagens do ato de fumar, glamourizando e normalizando um hábito mortal para milhões de jovens influenciáveis. Isso tem que parar”, afirmou o CEO da Truth Initiative. (via AdoroCinema).
Na época, um representante do serviço de streaming se pronunciou sobre o assunto para a Variety. “Ao mesmo tempo em que o entretenimento via streaming torna-se mais popular do que nunca, estamos felizes que o cigarro não mais seja. Temos interesse em saber mais sobre o estudo.” (via AdoroCinema).
O cigarro em Hollywood
Na chamada “Era de Ouro de Hollywood”, era muito comum que grandes astros fumassem em cena, dando um tom de glamour e elegância ao vício, e as indústrias de cigarro foram fundamentais para financiar o cinema.
Com o passar dos anos, várias campanhas de conscientização contra o tabagismo pressionaram a indústria do cinema para que parasse de retratar o hábito como algo desejável, o que funcionou durante muito tempo.
Atualmente, ainda que seja muito comum vermos personagens fumando nas telonas, a aparição do cigarro costuma aumentar a classificação indicativa das produções, algo que não é muito desejável para os estúdios.
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Geração nutella.