A nova série italiana da Netflix, “As Leis de Lidia Poët“, acompanha uma mulher tentando ser uma advogada no século XIX e investigando mistérios e assassinatos. A produção criada por por Guido Iuculano (Uma Vida Tranquila) e Davide Orsini (O Jogo do Bunker) é inspirada em uma história real, ainda que com toques ficcionais.
Lidia Poët se formou em direito pela Universidade de Torino, em junho de 1881. Após trabalhar com um advogado por dois anos, ela passou nas provas práticas e teóricas necessárias para que ela marcasse seu nome no rol dos advogados, mas os homens da época não aceitavam que uma mulher se tornasse advogada. Um recurso fez com que o nome dela fosse retirado da lista e, mesmo recorrendo da decisão, um tribunal impediu que ela exercesse a profissão.
Mesmo assim, ela foi muito apoiada pelos jornais italianos e foi acolhida por diversos grupos feministas que defendiam os direitos políticos das mulheres, aos quais ela se juntou. Em 1919, promulgaram As leis de Lidia Poët, que permitiu que as mulheres trabalhassem em um número limitado de cargos públicos, algo que era proibido anteriormente.
Em 1920, Lidia conseguiu voltar a ter o seu nome no rol dos advogados e se tornou a primeira advogada da Itália aos 65 anos de idade.
As Leis de Lidia Poët dá um toque ficcional
Mesmo baseada nas lutas da mulher real, a série adiciona toques ficcionais para tornar a produção mais divertida, como os crimes e assassinatos que ela investiga ao lado do irmão e os romances vividos pela personagem.
Maria de Angelis (A Incrível História da Ilha das Rosas) interpreta a protagonista e outros nomes do elenco são Eduardo Scarpetta (A Amiga Genial), Pier Luigi Pasino (Texas) e Sara Lazzaro (The Young Pope).
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